O que deixamos para trás quando morremos? D. Dinis quis deixar a imagem de um bom rei, justo e cumpridor de todos os preceitos religiosos. No Mosteiro de São Dinis e São Bernardo, o túmulo do rei é a representação desse desejo que, agora, é retratado pelo livro ‘Mosteiro de Odivelas. Documentos fundacionais’ e inteiro postal ‘Túmulo de D. Dinis, lançado ontem no decorrer das comemorações do 23º aniversário da criação do concelho.
Ontem foi dia de Odivelas celebrar o 23º aniversário da sua elevação a concelho e, nada melhor que o lançamento de um livro sobre o Mosteiro de São Dinis e São Bernardo, para celebrar condignamente esse aniversário, defendeu Hugo Martins, presidente da Câmara Municipal, acrescentando que, «esta obra perpetua a história e o património do concelho».
Na perspetiva do autarca, que agradeceu ao vereador da Cultura, Edgar Vales, por ter possibilitado a edição do livro ‘Mosteiro de Odivelas. Documentos fundacionais’, «é necessário “despertar” as nossas crianças para a história de Odivelas», lembrando que, ontem, também foram apresentados dois livros infantojuvenis sobre o Mosteiro.
Hugo Martins, por outro lado, revelou que o município já investiu quatro milhões de euros na recuperação do património histórico do concelho, nomeadamente da recuperação da Anta de Caneças, com mais de 5 mil anos, no Mosteiros de São Dinis e São Bernardo e na reabilitação dos emblemáticos jardins da Quinta do Espirito Santo.
Por seu turno, Hermenegildo Fernandes, Diretor da área de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que fez a apresentação do livro Mosteiro de Odivelas. Documentos Fundacionais, salientou a importância que «o mosteiro tem na história portuguesas», sublinhando a «relação umbilical que o mosteiro teve com a coroa portuguesa», apontando: «é essa relação que este livro estabelece».
A obra, que conta com coordenação científica de Saul António Gomes, é composta por textos históricos e transcrições paleográficas de Saul António Gomes, Luís Miguel Rêpas e João Fresco, centrando-se no período de 1295 a 1325, com incidência no rei D. Dinis e na problemática referente à fundação do Mosteiro de Odivelas, na comunidade conventual deste período, com especial atenção para as suas abadessas e ainda na constituição do património inicial e na sua gestão.
Do ponto de vista do diretor da Facultade de Letras, «este é uma obra cientifica, que reúne vários documentos históricos e estudos, que nos permitem conhecer a realidade monástica de então, em particular a do Mosteiro de São Dinis e São Bernardo».
Na opinião de Hermenegildo Fernandes, o mosteiro também desenvolveu «uma realação intimo com o seu território», tendo sido «o verdadeiro criador urbano e do território.
Lançamento de postal
Sessão solene
Hugo Martins, que promete nunca descurar o investimento nas pessoas e no território, sem esquecer o rigor das nossas finanças, recordou as várias ações realizadas pela autarquia em termos de combate a Covid 19 e de apoio às famílias mais carenciadas.