CENTRO INTERPRETATIVO DO MOSTEIRO DE ODIVELAS JÁ TEM ESPÓLIO PRÓPRIO

Peças dos séculos XVII e XVIII, doadas por um odivelense, vão integrar a exposição relativa à ocupação monástica do monumento e, futuramente, passarão a integrar o espólio do futuro Centro Interpretativo do Mosteiro de Odivelas.

Três peças antigas foram doadas à Câmara Municipal de Odivelas para fazerem parte do espólio daquele que será o futuro Centro Interpretativo do Mosteiro de Odivelas. As obras – duas peças de mobiliário do século XVII e uma escultura do século XVIII – pertenciam à família do odivelense Carlos Santos, que agora as doou à Câmara Municipal de Odivelas.

Estas peças vão integrar a parte expositiva relativa à ocupação monástica do Mosteiro de São Dinis e São Bernardo, mandado edificar por D. Dinis no século XIII. Classificado como Monumento Nacional desde 1910, o Mosteiro de Odivelas tem uma longa história. Até 1888, foi local espiritual e de reclusão das monjas Bernardas, da Ordem de Cister, tendo dado lugar, em 1902, à instalação do Instituto de Odivelas que encerrou em meados de 2015. Desde aí, o corrupio de jovens alunas deu lugar a corredores vazios, acelerando a degradação daquele que é considerado «um verdadeiro símbolo do território», defende o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins. É, aliás, responsabilidade do seu executivo o projeto de reabilitação para o edifício e toda a zona envolvente, que deverá incluir espaços académicos, um museu e um parque ajardinado com sete hectares. «Será um verdadeiro ex-líbris da natureza e do bem-estar», garante.

Na sequência dos projetos existentes para o Mosteiro de Odivelas, o Centro Interpretativo surge da necessidade da salvaguarda, valorização histórica e fruição pública do Mosteiro de Odivelas, permitindo aos seus visitantes, num futuro próximo, conhecer várias obras de arte que refletem a história deste monumento.

Segundo tem defendido Hugo Martins, uma das principais intervenções tem como objetivo a criação do Centro Interpretativo do Mosteiro de Odivelas (CIMO), um espaço museológico que incluirá os locais mais emblemáticos, como a igreja, a sala do capítulo e os claustros, bem como a cozinha e o refeitório das monjas.

Mas, como refere o jornal Expresso em 2 de dezembro de 2021, a requalificação do Mosteiro de Odivelas tem como «objetivo transformar este património num polo de conhecimento, cultura e lazer», defendendo que o novo projeto dará lugar ao Parque da Cidade, ao novo Centro Interpretativo do Mosteiro de Odivelas, a um Campus Académico e Cultural, aos Serviços Municipais e a um grande auditório

O investimento total previsto é de cerca de 18 milhões de euros, dos quais perto de 11 milhões ficam a cargo do município de Odivelas. O restante vai ser suportado por algumas entidades privadas que ali vão ter as suas instalações. A requalificação deve terminar no final de 2023.

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