A erupção do vulcão submarino Hunga-Tonga-Hunga-Ha’apa, nas ilhas Tonga, foi de tal modo explosiva que o seu impacto foi sentido em vários pontos do mundo, até em Portugal, designadamente em Cascais.
O efeito da recente erupção do vulcão submarino Hunga Tonga-Hunga Há’pai nas ilhas Tonga, no Pacífico, foi sentido em Cascais, a 17.534km de distância em linha reta (medido APP Earth) 20 horas após o evento natural.
Esta ocorrência muito rara foi registada no dia 16 de janeiro pelo Marégrafo de Cascais (https://cultura.cascais.pt/list/patrimonio/maregrafo-de-cascais), durante cerca de 19 horas. Nesse intervalo de tempo houve oscilações constantes com cerca de 15 a 20 centímetros do comportamento previsto de marés para o mesmo período.
Dados registados quer pelo sistema analógico, quer pelo sistema digital instalado na Marina de Cascais e que agora serão analisados com mais detalhe por cientistas e especialistas.
O marégrafo de Cascais regista dados desde 1882 sendo um equipamento científico singular em todo o mundo por identificar uma das mais longas séries temporais de registo da evolução do nível médio do mar e do comportamento das marés. O equipamento analógico instalado é o mesmo desde 1887, sempre a medir com a maior precisão.