Os presidentes das Câmaras Municipais de Loures, Ricardo Leão, e de Odivelas, Hugo Martins, e a Secretária de Estado da Inclusão das pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, inauguraram o Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI), equipamento que integra a rede de respostas sociais da Associação Luiz Pereira Motta (ALPM).
«Até 2024, vão existir creches gratuitas para todos» garantiu ontem, 28 de junho, a secretária de Estado da Inclusão das pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, durante a inauguração do Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI), localizada na Praceta António Feliciano Bastos, nº 1 e 2, em Loures,
Com capacidade para 25 utentes, esta unidade, que integra a rede de respostas sociais da Associação Luiz Pereira da Motta, está direcionada para a população de Loures e Odivelas constituída por jovens adultos de ambos os géneros. Segundo o presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão, esta unidade vai permitir «transformar Loures num concelho mais inclusivo».
Ricardo Leão aproveitou a cerimónia para anunciar que a Câmara Municipal de Loures vai apoiar financeiramente os 10 projetos apresentados pelas ERPI ao programa PARES (Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais), apoiando em 50% o Investimento Privado Não Elegível.
Criar mais e melhores respostas sociais, principalmente para as pessoas com pouca mobilidade ou portadores de uma deficiência, são um dos objetivos da Câmara de Loures, defende Ricardo Leão, sublinhando que o concelho tem um défice em termos de mobilidade de pessoas portadores de deficiência. «Por exemplo, uma pessoa com mobilidade reduzida não consegue ir aos Paços do Concelho. Temos de alterar estas situações para termos um concelho mais inclusivo», adiantou o autarca
Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins, também presente na cerimónia de inauguração, lembrou que este equipamento se destina a pessoas com deficiência, incapacidade comprovada, permanente ou temporária dos concelhos de Loures e Odivelas, defendendo que estes tipos de unidade contribuem para a valorização pessoal, profissional dos seus utentes.
Na perspetiva de Hugo Martins, que considera que «o apoio à inclusão não tem barreiras», estas instituições permitem dar continuidade ao percurso formativo ou exercer uma atividade profissional das pessoas portadoras de deficiência, mesmo aquelas que se encontrem em processo de inclusão socioprofissional, designadamente entre experiências laborais.
Por seu turno, José Maria Silva Lourenço, da Associação Luiz Pereira da Mota, lamentou «a falta de apoio financeiro público», lembrando que este espaço na Ulmeira, em funcionamento desde 26 de abril, implicou um investimento na ordem dos 300 mil euros. José Lourenço agradeceu, contudo, à Câmara de Loures, Junta de Freguesia de Loures e União de Freguesias de Camarate, Unhos e Apelação o apoio concedido para a implantação deste centro que pretende ser «um porto de abrigo» para as pessoas portadoras de deficiência.
O CACI, explica, é uma resposta social de base comunitária, para pessoas com deficiência, com graus de dependência e incapacidade diferenciados assente nos pressupostos da promoção da autonomia, da vida independente, da qualidade de vida, da valorização pessoal, profissional e da inclusão social, disponibilizando um conjunto de atividades, de acordo com a avaliação concreta do utente, as suas capacidades, funcionalidade, interesses e necessidades, sendo planeadas e organizadas de forma individualizada, valorizando as suas escolhas.
Lar residencial para Loures
Para a Secretária de Estado da Inclusão das pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, a «efetivação da igualdade passa pela promoção e garantia do pleno acesso e igual gozo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais no campo político, económico, social, cultural, e civil, por todas as pessoas, onde se incluem, é claro, todas as pessoas com deficiência».
«Trabalhámos, todos os dias, com vista a garantir a igualdade dos cidadãos com deficiência, desenvolvendo medidas específicas para promover a sua autonomia, participação e autodeterminação», afiança a secretária de Estado, lembrando que o programa PARES tem por finalidade apoiar o desenvolvimento e consolidar a rede de equipamentos sociais.
Ana Sofia Antunes, que garante que, a partir de 2024, vão existir creches gratuitas para todos, afiança que Portugal é o sétimo país da União Europeia com melhores rede de creches, facilitando a conciliação da vida familiar com a vida profissional.
Através o programa Pares – Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais, revelou a secretária de Estado, vai ser apoiado a construção de um lar residencial em Loures da Associação Luiz Pereira da Motta
O programa PARES, segundo esta responsável governamental, incide em respostas sociais concretas, designadamente na criação de novos lugares: em creches; no reforço dos Serviços de Apoio Domiciliário e dos Centros de Dia, promovendo as condições de autonomia das pessoas idosas; no aumento do número de lugares em Lares de Idosos associados a situações de maior dependência; e contempla ainda a integração de pessoas com deficiência pelo incremento da rede de Respostas Residenciais e de Centros de Atividades Ocupacionais.
Participaram ainda na cerimónia de inauguração do Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI), a orquestra Geração do Agrupamento de Escolas Maria Keil