A Marcha da Capa Rica é organizada pela Associação Cultural Capa Rica (ACCR), criada em 2005 e que promove diversos eventos de cariz cultural, entre os quais desfiles e feiras quinhentistas. No entanto, a Marcha da Capa Rica já participa no concurso das Marchas Populares de Almada desde o início do concurso, nos anos 90.
A comissão que organiza a marcha “é constituída por elementos da Associação”, explica a responsável da Marcha da Capa Rica, Alice Rações, ao Olhares de Lisboa. A marcha começou por ser organizada por um grupo de pessoas “que tinha o gosto e o sonho de fazer uma marcha aqui”, acrescenta.
O tema que será apresentado este ano está relacionado com a freguesia e com a história que deu origem ao nome ‘Caparica’. “Dizia-se que existia uma velhinha que tinha uma capa coberta de ouro, ou seja, uma capa rica e que, mais tarde, o rei, com essa capa, fez a igreja do Monte da Caparica”, explica Alice Rações.
Em 2022, o ensaiador da Marcha da Capa Rica é Américo Silva, que é também coreógrafo, em conjunto com Pedro Augusto. O figurinista é Dino Alves e o cenógrafo é Hugo Barros. As músicas são da autoria de Tiago Torres da Silva e Toy e as mascotes da Marcha da Capa Rica são a Francisca Neves e o Gustavo.
Os padrinhos serão o presidente da Assembleia Geral da ACCR, João Carlos Mendes, e a fadista Diana Soares. Para além de Alice Rações, responsável da marcha, a Marcha da Capa Rica tem ainda Pedro Duarte como coordenador técnico.
A expetativa para a edição deste ano para as Marchas Populares de Almada é ganhar o título e juntá-lo aos restantes que a Marcha da Capa Rica já conquistou em toda a sua existência. Contudo, para a responsável, “mais importante do que ganhar é divertir-nos e fazer amizades. Tivemos um ano em que ficámos em último lugar e festejámos”, acrescenta.
Alice Rações destaca ainda o grande espírito de amizade e entre ajuda entre o grupo de marchantes, que têm idades entre os 20 e os 42 anos, grande parte residentes no concelho de Almada. Muitos deles já são marchantes há muitos anos, mas há também alguns estreantes em 2022. “Há muita troca de experiências entre os mais velhos e os mais novos”, salienta a responsável da Marcha da Capa Rica, cujo projeto foi pensado em 2020 e que foi recuperado para a edição de 2022.
Os marchantes são recrutados através das publicações que a ACCR coloca nas redes sociais. “Há pessoas que mostram interesse e vêm, e alguns até acabam por vir acompanhadas”, o que facilita a criação do grupo. No entanto, e apesar desta vantagem, Alice Rações salienta que “é difícil conseguir marchantes homens”.
Os ensaios da marcha começaram em abril e inicialmente decorriam aos fins de semana. “Em maio, passámos a ensaiar duas vezes por semana e ao sábado e depois das Marchas de Lisboa, começámos a ensaiar todos os dias”, explica a responsável, uma vez que o grupo da Capa Rica conta também com marchantes de Lisboa, e que participaram no concurso lisboeta.
De acordo com Alice Rações, os marchantes estão confiantes e “com o espírito em alta”. Para a responsável, o “resultado que alguns tiveram em Lisboa não afetou em nada a motivação deles para este concurso”. O desfile em Almada está marcado para a noite de 23 de junho, na Avenida António José Gomes, na Cova da Piedade, que se apresenta novamente na final, marcada para o dia 2 de julho, no Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada, no Feijó.
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