A Marcha da Charneca é organizada pela Associação Popular ‘A Charneca é Linda, é’, criada exclusivamente em 2019 para organizar a marcha por Daniel Oliveira e a sogra. Inicialmente, a marcha era organizada pelo Vitória Clube Quintinhas.
No entanto, devido a algumas incompatibilidades entre os organizadores da marcha e a direção do clube, Daniel e a sogra decidiram organizar a Marcha da Charneca individualmente, e contam com o apoio de uma comissão, conforme explica Daniel Oliveira, o coordenador da marcha, ao Olhares de Lisboa.
Esta comissão, onde Daniel e a sogra fazem parte, junta-se antes dos ensaios para definir o tema, as roupas, e todo o trabalho relacionado com a marcha. Em 2022, o tema que será apresentado é ‘As Lavadeiras e Carvoeiros’, e a organização espera voltar a ganhar as Marchas Populares de Almada, feito que concretizaram em 2019.
“Em 2019 foi a primeira vez que ganhámos, mas já tínhamos tido alguns segundos e terceiros prémios”, explica o coordenador da Marcha da Charneca, que também é marchante, embora este ano não vá participar “por motivos profissionais”. Daniel Oliveira fundou a Marcha da Charneca em conjunto com a sogra, que “tinha o sonho de criar uma marcha na Charneca da Caparica”.
“Temos algumas pessoas de Lisboa”, acrescenta Daniel, explicando que os preparativos para a noite de dia 23 “já estão concluídos”. Os ensaios começaram em abril e decorreram aos fins de semana, no entanto, foram interrompidos nos dois primeiros fins de semana de junho, devido à realização das Marchas Populares de Lisboa.
“A partir do dia 13 de junho, começámos a ensaiar todos os dias”, explica o coordenador, que este ano acompanhou todos os preparativos à distância, por se encontrar em missão na Holanda. “Fico mesmo triste por não conseguir ir, é uma dor muito grande, vou acompanhar o desfile de dia 23 pelas redes sociais, mas vou fazer um esforço para estar presente no dia 2 de julho”, conta Daniel Oliveira.
A Marcha da Charneca já tem tudo pronto para a noite de dia 23 de junho, data em que se realizam as Marchas Populares de Almada, na Avenida António José Gomes, na Cova da Piedade, e que antecede a grande final, marcada para o dia 2 de julho, no Complexo Municipal dos Desportos ‘Cidade de Almada’, no Feijó.
Para o coordenador, “a Marcha da Charneca tem um grupo muito coeso, 80% das pessoas já vêm do primeiro ano”, pelo que não houve nenhuma dificuldade em arranjar marchantes. No entanto, “houve algumas pessoas que saíram, por motivos pessoais e tivemos que arranjar substitutos”, explica Daniel Oliveira, ressalvando que, “apesar de termos a marcha praticamente completa no início, abrimos sempre inscrições para novos marchantes”.
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