EXPOSIÇÃO “GENTE DE PALAVRAS” NO PARQUE DOS POETAS «RETRATA» POETAS LUSÓFONOS

“Gente de Palavras” é o título da exposição, de Daniel Dias, que pretende ser seu «tributo aos poetas lusófonos», de todas as épocas e quadrantes, retratando-os com as suas próprias palavras, e que será inaugurada amanhã, 13 de julho, às 17H00, no Templo da Poesia, no Parque dos Poetas.

Segundo Daniel Reis, esta exposição é o seu «tributo aos poetas lusófonos, de todas as épocas e quadrantes. A ideia de retratá-los com as suas próprias palavras, modelá-los e envolvê-los na sua própria poesia pareceu-me ser uma forma, singela, mas afetuosa, de lembrar essa nossa melhor “Gente de Palavras”».

Em 2015, Daniel Dias iniciou uma coletânea de retratos de poetas lusófonos com a intenção de homenagear poetas já falecidos que sempre admirou. Era um pretexto para revisitar poetas que já conhecia – alguns dos quais mesmo pessoalmente – e procurar conhecer alguns outros com mais profundidade. Mas talvez a mais subterrânea razão dessa iniciativa, fosse a de enaltecer a grande língua portuguesa que sempre sentiu como o seu território de conforto, ou, tal como dizia Pessoa, a sua verdadeira pátria.

O método adotado – que implicava múltiplos ensaios e hesitações – era o de fazer o retrato de cada um dos poetas a partir dos seus próprios poemas. Explorava a sua experiência gráfica pessoal e combinava-a com o seu gosto pela poesia. O autor embrenhava-se na obra dos poetas, e, concentrando-se nas suas imagens, “caligrafava” os retratos. Cada traço ou mancha que definia os seus rostos era constituído por versos dos poetas, numa amálgama espontânea e um tanto caótica. O autor experimentava dessa forma algo “exótica”, a estranha sensação de mergulhar no âmago de cada poeta, e de “absorver” todo o seu conteúdo, realidade, e dramatismo próprios…

A primeira exposição de “Gente de Palavras” era constituída por vinte retratos. Mas a coletânea não parou. Os poetas parecem reclamar-se uns aos outros… cresceu, e das vinte iniciais passou a vinte e oito, depois a trinta e dois, e a quarenta… atualmente conta com cinquenta retratos.

As diversas edições foram exibidas em vários lugares, em Lisboa, no Algarve e agora, pela segunda vez, em Oeiras. Aqui, neste fascinante Templo da Poesia, são apresentados, vinte e nove dos cinquentas retratos existentes.

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