A Feira do Livro de Lisboa (FLL) está de regresso ao Parque Eduardo VII, entre os dias 25 de agosto e 11 de setembro, com um conceito totalmente novo, dinâmico e repleto de novidades. Serão 140 participantes (mais 10 que na última edição), que representam centenas de marcas editoriais, e que estarão distribuídos por 340 pavilhões (mais 20 que na última edição), totalmente novos, mais sustentáveis e com melhores condições para participantes e visitantes.
A 92.ª edição da Feira do Livro de Lisboa regressa ao Parque Eduardo VII de 25 agosto a 11 de setembro. Trata-se da maior edição de sempre que conta com 340 pavilhões para 140 participantes.
O novo conceito da feira reflete-se em novos expositores construídos com recurso a materiais sustentáveis, assegurando também a acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida, espelhando o compromisso da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) com a sustentabilidade e o ambiente.
A sustentabilidade é a palavra-chave desta edição e a preocupação reflete-se não só nos materiais usados, como no transporte para a feira. «Todos os equipamentos são feitos com materiais 100% recicláveis, desde os expositores, o auditório principal e as praças onde os autores estarão a dar autógrafos», explica o presidente da APEL, Pedro Sobral. «Fizemos uma pareceria com a EMEL, para ter como transporte oficial da feira a plataforma de bicicletas GIRA», dando continuidade à promoção da utilização de transportes públicos, como meio para a deslocação até ao evento.
Por seu turno, Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, fez a ponte entre hábitos de leitura e a FLL, e entre esta e a indústria. «Quem tem hábitos de leitura são aqueles que conseguem ir mudando o mundo, que liga à criatividade, à inovação, mas também à exclusão, ao conseguirem trazer aqueles que estão fora e que conseguem ganhar esses hábitos de leitura. Há, realmente, um papel essencial da Feira, mas há, também, um papel em relação à indústria». Bem como destacou a importância da missão que a Feira abraçou de focalizar-se “«na sustentabilidade e na mudança dos nossos hábitos para combater as mudanças climáticas».
Sustentabilidade foi a expressão chave na intervenção de Carlos Moedas, mas o presidente da Câmara de Lisboa também quis salientar que «se há política que a Câmara Municipal quer fazer, é política da cultura». Assim como o facto de Lisboa ser «uma cidade que recebe, aberta ao mundo». E a FLL é, nesse aspeto, uma montra de abertura e convivialidade. A todos os níveis e, em particular, entre autores e leitores. Daí que a Feira não esteja fechada ao que se passa no mundo. Prova disso será o país convidado para a 92ª edição, a Ucrânia, que terá um stand dedicado aos seus autores.
Esperados mais de meio milhão de visitantes
A Programação Cultural, que retoma o conceito e dimensão pré-pandemia, segue esse lastro de abertura e diversidade, tendo recebido, até ao momento, mil pedidos de participação. A programação completa será divulgada cerca de duas semanas antes do início da FLL, que este ano espera superar o meio milhão de visitantes – total alcançado em 2019.
Depois dos anos de 2020 e 2021, a organização espera que a adesão seja igual ou superior aos anos pré-pandemia. «Trata-se da primeira feira após 2019, sem qualquer tipo de restrições e a adesão de editores e livreiros superou as nossas expectativas», afirma Pedro Sobral.
Mais do que um espaço para compra de livros, trata-se também de um espaço de lazer e convívio, englobado numa extensa programação cultural com autores nacionais, e internacionais.
As Bibliotecas Municipais de Lisboa continuarão presentes em mais uma edição da FLL, com especial incidência na promoção de iniciativas destinadas ao público infantil, às famílias e às escolas.
Também a Fundação Francisco Manuel dos Santos e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa desenvolverão programação específica para o evento, a qual será oportunamente divulgada.
«A Feira do Livro já não é só o espaço de compra de livros; é um espaço de lazer para os portugueses que vivem agora uma nova fase de relação com a leitura. Estes pavilhões vão claramente ao encontro dessas necessidades, pelo que estava na altura de fazer esta mudança», comenta ainda Pedro Sobral.
A Ucrânia é o país de honra convidado, tendo um stand gratuito dedicado ao país. «O convite foi imediatamente aceite pela embaixadora da Ucrânia, na altura, e estamos a trabalhar com o estado da embaixada e com a Federação de Editores ucraniano para perceber como podemos potenciar não só a literatura ucraniana como os autores ucranianos», referiu o presidente da APEL.
Pelo terceiro ano consecutivo, o evento vai realizar-se em datas diferentes das que habituou os portugueses. «Esta será a última edição a acontecer fora do calendário habitual, retomando em 2023 as datas de sempre da Feira, ou seja, no pré-verão. Mas, ao contrário das duas anteriores edições, este ano, a escolha das datas deveu-se aos desafios que a produção dos novos equipamentos trouxe, mas cujo resultado final será benéfico para todos», explica Pedro Sobral.
A renovada Feira do Livro oferece aos visitantes a possibilidade de assistir a diversas apresentações, debates, lançamentos, mesas-redondas, entregas de prémios, sessões de autógrafos e celebrações em geral centradas no livro.
A feira irá funcionar de segunda a quinta-feira, entre as 12h30 e as 22h; às sextas-feiras, entre as 12h30 e as 24h; aos sábados, entre as 11h e as 24h; e aos domingos, entre as 11h e as 22h. Este ano, e até ao momento, não estão previstas quaisquer restrições de acesso por motivos sanitários.