PRESIDENTE DA JF DE CAMPOLIDE CELEBRA PRIMEIRO ANO DE MANDATO E REVELA OBJETIVOS PARA O FUTURO

Miguel Belo Marques está há um ano à frente dos destinos da Junta de Freguesia de Campolide. O autarca esteve à conversa com o Olhares de Lisboa e fez um balanço dos últimos 12 meses e partilhou os seus objetivos para o resto do mandato, focados na Ação Social e na proximidade com os fregueses.

Para o autarca, que se estreia no papel de presidente de Junta, este primeiro ano “foi um desafio e uma fase de adaptação e reconhecimento”, e destaca a concretização de alguns projetos que há muito tempo eram uma prioridade para Campolide, entre os quais aqueles na área do Bem Estar Animal.

“Neste mandato, e pela primeira vez, introduzimos esse pelouro na Junta, e temos tido várias ações de defesa e sensibilização para a causa animal”, destacou Miguel Belo Marques, dando como exemplo a esterilização “de várias colónias de gatos, em conjunto com a Casa dos Animais e os veterinários da freguesia”, e ainda a implementação do Programa CED (Captura, Esterilização e Devolução). Para o autarca, este tem sido “um trabalho profundo e afincado e que exige muitas horas”, mas revela que o resultado desta aposta tem sido positivo.

Ao mesmo tempo, o presidente da Junta de Campolide destacou também o reforço da aposta na Ação Social. Nesta área, recorde-se, esta autarquia tem dois programas de apoio: o Celeiro Solidário, com a entrega de produtos diariamente às pessoas mais carenciadas; e o FES, onde se distribuem, todos os dias, refeições confecionadas a todos aqueles que não têm condições para cozinhar em casa. Em paralelo, a Junta de Campolide, reforça o presidente, dá ainda, em conjunto com a Câmara de Lisboa, um apoio financeiro para o pagamento de despesas elegíveis, tais como a renda da casa, a água ou a luz.

Ainda nesta área, Miguel Belo Marques salienta ainda o reforço do apoio aos mais velhos. “Há muitos idosos que precisam de companhia, e o nosso objetivo é criar uma rede onde estas pessoas sintam apoio”, explicou o mesmo, dando como exemplo a Universidade Sénior, frequentada por 80 alunos.

Este espaço conta, neste novo ano letivo, com novas valências, tais como Canto, Motricidade, Hidroginástica, Clube do Livro e História de Portugal, e que se juntam à Biodanza, ao Pano Pra Mangas, à Expressão Dramática, à Escrita Criativa, ao Tai-Chi, à Pintura e ao Tango Terapia. Para o presidente da Junta de Campolide, a Universidade Sénior tem vindo a mostrar a sua importância no combate ao isolamento dos mais velhos, uma vez que esta ajudar a fomentar a criação de laços de amizade entre eles.

No entanto, e para além destas duas áreas, a Junta de Campolide “tem vindo a apostar cada vez mais na educação”, e nesta vertente, Miguel Belo Marques destaca a duplicação do orçamento atribuído aos refeitórios escolares neste novo ano letivo. Ao mesmo tempo, o autarca aborda ainda a aposta na Cultura, com “o regresso do Arraial de Campolide” e as comemorações do 25 de abril, “apostando numa política de cultura acessível” a todos os fregueses, independentemente da sua condição socioeconómica.

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Para além destes projetos, o presidente da Junta de Campolide quer continuar a desenvolver a freguesia e ser, cada vez mais “uma parte ativa” da resolução dos problemas da mesma. Um dos grandes desafios que Campolide enfrenta atualmente, é, na sua perspectiva, “a inflação e o aumento dos produtos”, porque isso afeta a forma como se gere o espaço público.

“Por isso, temos de ser cada vez mais responsáveis com o uso da água e da luz, por exemplo, quer na parte sustentável, quer na parte financeira”, acrescenta Miguel Belo Marques, que quer terminar o seu mandato, em 2025, a “deixar a freguesia de Campolide melhor do que estava quando a encontrámos” e “cada vez mais próxima” dos cidadãos. Portanto, as suas prioridades, até lá, são reforçar, cada vez mais, o apoio social que é dado aos fregueses, e melhorar a manutenção dos espaços públicos e verdes, bem como a oferta cultural e desportiva existente na freguesia.

“O principal é chegar às pessoas e encontrar soluções” para os seus problemas, vincou Miguel Belo Marques, que garante que vai continuar a sensibilizar a Câmara Municipal de Lisboa para ajudar a resolver outros problemas que já não estão sob responsabilidade da junta, tais como a segurança e a gestão de imóveis devolutos, uma vez que Campolide é “a freguesia do concelho com o maior número de casas devolutas”.

Na sua perspectiva, existem questões que nem sempre são fáceis de resolver no imediato, porque “a Câmara de Lisboa é uma estrutura muito grande, costumo dizer que existem várias câmaras dentro desta autarquia”. Neste sentido, Miguel Belo Marques revela a necessidade de existirem mais “reuniões de trabalho” com o presidente Carlos Moedas.

“Ele atende-me sempre quando é necessário, mas nos últimos 12 meses só tive uma reunião e um jantar com ele”, diz o autarca de Campolide, que defende a existência de mais encontros entre Moedas e os presidentes de junta, “porque, no nosso caso, ainda existem algumas questões que estão à espera de resposta” da autarquia. Contudo, e apesar desta dificuldade, Miguel Belo Marques revela que tem uma “relação cordial” com todo o executivo da CML, e destaca a “disponibilidade total” de alguns vereadores, tais como Diogo Moura, responsável pelo pelouro da Relação com as Juntas de Freguesia, entre outros, e “com quem conseguimos sempre encontrar soluções”.

Já em relação à delegação de competências, o presidente da Junta de Campolide confessa que o único problema que existiu foi a demora na assinatura dos contratos, e que, enquanto tal não aconteceu, “as Juntas de Freguesia tiveram que realizar esses trabalhos sem a verba, o que dificultou muito a nossa ação”. Porém, Miguel Belo Marques considera que a delegação de competências nas juntas de freguesia é “fundamental para a boa gestão” das mesmas, porque “são órgãos de proximidade cada vez mais bem preparadas para os desafios”.

O presidente da Junta de Campolide considera que a cidade Lisboa só fica a ganhar com estes contratos, e defende que deveriam existir “mais delegações de competências” noutras áreas, tais como na iluminação pública. “Penso que deve haver, cada vez mais, uma estrutura mais descentralizada, porque as juntas é que acabam por estar mais próximos dos cidadãos”, disse.

Para além de Miguel Belo Marques, a Junta de freguesia de Campolide é ainda composta, no atual mandato, por Maria Cândida Madeira (secretária); Bruno Louro (tesoureiro); Bruno Gonzalez (vogal); e Cátia Costa (vogal), sendo a mesa da Assembleia de Freguesia
liderada por André Couto (PS).

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