LOURES NA SENDA DE UMA NOVA CENTRALIDADE ECONÓMICA

A Estratégia de desenvolvimento económico de Loures surge quando o concelho vive um momento ímpar em termos de dinamismo económico, apesar de dois anos de pandemia e um ano com uma economia de guerra na Europa. O presidente da autarquia afirma que a criação de “uma nova centralidade económica” é o grande objetivo do executivo que preside, conforme se pode ler na edição impressa de Olhar Loures, que já se encontra disponível para download.

A crescente atratividade de Loures, inquestionável nos dias que correm, não se explica somente pela sua beleza e pela sua singularidade. Mas antes pela forma como o concelho se tem afirmado como um território tolerante, amigo da diferença e do empreendedorismo, confortável e interessante, e atravessada por manifestações crescentemente inequívocas de qualidade de vida.

É, por isso, que tanto Ricardo Leão, presidente socialista da Câmara Municipal de Loures, como seu vereador social-democrata, Nelson Batista, estão a desenvolver várias ações que possibilitem, a médio prazo, “criar” uma nova centralidade económica. Em entrevista a Olhar Loures, Nelson Batista defende: «já estamos a fazer o caminho, criando a marca ‘Loures no Centro’». Ambos os autarcas consideram que o «concelho reúne todas as condições, designadamente em termos de proximidade ao aeroporto e localização.

Aliás, essa proximidade vai ser agora reforçada pela Transportes Metropolitanos de Lisboa que considera estarem reunidas as condições para a entrada em vigor do novo serviço de transportes já a partir do início do próximo ano, depois de as transportadoras responsáveis assegurarem terem os motoristas e as viaturas necessárias, anunciou a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), designadamente no concelho de Loures. Ainda em termos de mobilidade, a edição impressa de Olhares de Loures dá conta que na freguesia de São João da Talha, em Loures, vai existir uma saída no sentido Sul/Norte da A1 – Auto Estrada do Norte, uma das promessas eleitorais do atual presidente da autarquia. Assim, prevê-se, para breve, a assinatura de um protocolo entre a BRISA e a Câmara.

Mas a nova dinâmica económica de Loures não está apenas dependente da mobilidade. Como afirma o presidente da Associação de Comerciantes de Sacavém, Octávio Mestre, criada em defesa e promoção dos interesses coletivos das empresas, é necessário reforçar e incentivar pequeno comércio, que, por si, é também um vetor importante de desenvolvimento.

Todavia, apesar das novidades positivas existentes no sector económico e educativo (inauguração de espaço para alunos que são atletas de alto rendimento, na Escola Secundária Arco Iris, e inauguração das obras de remodelação e ampliação da Escola Básica da Flamenga), desde 2019 que grupos de cidadãos “lutam” pela separação das freguesias que, atualmente, constituem a União de Freguesias de Camarate, Unhos e Apelação. Agora, os autarcas da Assembleia de Freguesia da União de Freguesias estão a promover reuniões com as populações para se “aperceberem” da vontade ou não de se caminhar para a separação, tendo em consideração as consequências económicas e sociais que podem advir dessa desagregação. Por um lado, “ganha-se” em termos de identidade, mas, por outro, pode-se perder em termos de influência e de financiamentos.

De negativo, neste número de Olhar Loures, está o facto de “nos últimos cinco anos, a divisão de Loures da PSP ter registado o maior número de casos denunciados de violência doméstica, com uma média de 1018 crimes anuais, tendo sido detidas 336 pessoas pelo crime de violência doméstica, sendo 85% das vítimas mulheres. Foi revelado durante a inauguração do Espaço Vida, em Loures, e que entrará em funcionamento brevemente, durante 24 horas por dia, 365 dias por ano. Ao dispor das vitimas encontra-se também uma linha telefónica gratuita, acessível através do número 800 500 333.

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