RICARDO LEÃO REUNIU-SE COM EMPRESÁRIOS DE SANTA IRIA DA AZÓIA, SÃO JOÃO DA TALHA E BOBADELA

A Câmara Municipal de Loures promoveu esta sexta-feira, dia 25 de novembro, um pequeno almoço com empresários da União das Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela, no Vip Executive Santa Iria Hotel, no dia em que se comemorou o Dia Nacional do Empresário (25 de novembro), para diagnosticar as necessidades das empresas e compartilhar informações e recursos, como forma de desenvolver relações de cooperação.

No Dia Nacional do Empresário, que tem como objetivos homenagear o empresário nacional que contribui para o desenvolvimento do país, e incentivar o empreendedorismo em Portugal, com a criação de novas dinâmicas, a Câmara de Loures promoveu um pequeno-almoço de trabalho com os empresários de Santa Iria da Azóia, São João da Talha e Bobadela para diagnosticar as necessidades das empresas instaladas e encontrar formas de valorizar mais os empresários e os empreendedores pela sua importância no crescimento das regiões, assim como pelo impacto que têm na vida das pessoas que empregam, ao mesmo tempo promover a troca de experiências e conhecimentos entre empresas da freguesia.

A iniciativa contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, do vereador com os pelouros da Economia e Inovação da autarquia, Nelson Batista, do presidente da União das Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela, Nuno Leitão, e ainda de José Vale, representante da Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI).

O presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, sublinhou o papel que as empresas assumem no crescimento e dinâmica do concelho, destacando a necessidade de realizar com maior frequência estes encontros de negócios, que “permitem receber inputs dos empresários e ir ao encontro das suas necessidades, trabalhando em parceria com a resolução dos seus problemas”.

Para Ricardo Leão, “um concelho que possa progredir e desenvolver não pode estar nunca dissociado do papel da função privada”, pelo que considera o setor privado como “a alavanca necessária e determinante” para este progresso. O autarca sublinhou que a União de Freguesias de Santa Iria da Azóia, São João da Talha e Bobadela tem entre 40 a 50 mil habitantes e que o setor privado emprega cerca de sete mil pessoas.

Do ponto de vista de Ricardo Leão, o concelho de Loures, “o sexto maior do país, com 200 mil habitantes”, tem inúmeros desafios, mas também várias oportunidades, e neste sentido, está a ser desenvolvido o Loures Business Up, que liga “não só os empresários que já estão instalados no nosso concelho”, mas também aqueles “que se queiram vir instalar” em Loures. O autarca sublinhou que “a procura tem sido muita”, e será dado destaque às novas startups, dando-lhes ainda condições para se fixar no concelho, algo que muitas vezes não acontece, pois existem empresas que, após o período de incubação em Loures, partem para outros concelhos, disse Ricardo Leão.

O presidente da Câmara de Loures agradeceu “a resiliência, a determinação, e a capacidade” dos empresários em ultrapassar a crise pandémica que, a seu ver, “foi difícil”, a que acresce agora a “crise energética e os seus efeitos “, que está a ter um “efeito de dominó em tudo o que é a nossa economia”, sublinhou o autarca, perspetivando que esta crise será pior do que a pandemia. Em todo o concelho, disse, existem 150 pequenas e médias empresas com o título PME Excelência e PME Líder, sendo dos poucos municípios no país com estes valores.

Centro de Enfermagem Queijas

Melhorar acessos a Loures

Por isso, defende Leão, a Câmara deve “responder de forma positiva a essa capacidade e essa resiliência que os empresários têm demonstrado no nosso concelho”. Para tal, a autarquia já está a trabalhar num plano de mobilidade para melhorar os acessos a Loures, assim como a agilizar processos de licenciamento, para que possa atrair novos investimentos, criando “um concelho estratégico empresarial”, com empresas ligadas “à ciência, à tecnologia, à saúde”, entre outras áreas de relevo.

“Este ano já conseguimos resolver um processo que se arrastava há demasiado tempo que é o facto de termos a sede social da DHL e da DPD, as duas maiores estruturas do ramo, no concelho de Loures”, exemplificou o autarca, dizendo que esta rapidez na resolução de processos é importante para captar as empresas em Loures, uma vez que “as sedes sociais das empresas têm um papel determinante para os concelhos”, devido à Derrama, um imposto que é pago ao município onde elas estão instaladas. No entanto, Ricardo Leão admitiu que nem sempre é fácil captar empresas que se querem sediar em Lisboa para Loures, sobretudo devido à falta de transportes públicos, e neste sentido, reforçou a importância da operação da Carris Metropolitana, onde a autarquia investiu cerca de três milhões e 600 mil euros para reforçar, em 24%, a oferta de transportes no concelho.

O autarca salientou, também, a necessidade de continuar a encontrar-se com os empresários e a conhecer as suas necessidades, para que a autarquia os possa ajudar, promovendo ao mesmo tempo as trocas comerciais entre empresas do concelho. “O município de Loures consome, anualmente, entre bens e serviços e empreitadas, muitos milhões de euros, e arrisco-me a dizer que 15 a 20 por cento são empresas do concelho”, acrescentou o edil, reiterando a necessidade de reforçar esta parceria.

Para além de todas estas medidas de captação de empresas, Ricardo Leão lembrou que a autarquia de Loures dispõe de um serviço de consultoria externa para ajudar as pequenas e médias empresas com as linhas de financiamento previstas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), bem como, no caso dos empresários da União de Freguesias de Santa Iria da Azóia, São João da Talha e Bobadela, o início, em 2023, da obra para a saída da A1 em São João da Talha, uma empreitada “determinante não só para a qualidade de vida das pessoas que aqui vivem, mas também para as empresas e para os postos de trabalho que elas criam”; e ainda do início da construção do novo Centro de Saúde da Bobadela, a legalização das AUGI’s nesta freguesias; assim como a requalificação da entrada de São João da Talha.

Por fim, o presidente da Câmara de Loures salientou ainda que a realização das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) no próximo ano é o “momento para a afirmação, divulgação, e promoção do concelho” e também das empresas do município, na medida em que o evento vai trazer milhares de pessoas a Loures e vai permitir, após o mesmo, a requalificação de toda a zona ribeirinha, que até então estava ocupada por contentores.

Este futuro parque verde, recorde-se, irá custar cerca de doze milhões de euros, o dobro do previsto em 2017, e contará com uma ligação pedonal entre a Póvoa de Santa Iria e o Parque das Nações, bem como com espaços de lazer ao ar livre. Neste sentido, Ricardo Leão falou na possibilidade de este espaço funcionar como um parque temático e, por isso, a autarquia está a encontrar parceiros com este objetivo, bem como captar grandes eventos culturais para o mesmo, à semelhança do que acontece por exemplo no Passeio Marítimo de Algés, no concelho de Oeiras.

Próximo dos empresários…

Por seu turno, o vereador Nélson Batista reforçou a necessidade do Executivo Municipal da Câmara de Loures estar próximo dos empresários e resolver os seus problemas. “Sinto-me orgulhoso por ajudar a levar o concelho a bom porto”, referiu o vereador, que considera que a divisão de Economia e Inovação da edilidade deve “estar em contacto com o Urbanismo”, para ajudar a potenciar a criação de novas empresas no concelho.

Da mesma forma, o presidente da União de Freguesias de Santa Iria da Azóia, São João da Talha e Bobadela, Nuno Leitão, assumiu o total compromisso desta autarquia em ajudar os empresários daquele território, dizendo que é possível “fazer mais”.

Por sua vez, José Vale, do IAPMEI, reforçou o enorme “potencial do concelho”, que “começa no tecido empresarial, porque esse é o verdadeiro motor da grande atividade e da boa fama de Loures”, salientando a dimensão do município como ponto de vantagem para a instalação de novas empresas, e ainda a necessidade de se apostar na habitação e na sustentabilidade.

“Queremos desenvolver as competências digitais, fomentar um ecossistema empresarial”, reforçou o engenheiro, sublinhando a importância destes encontros com os empresários, e desta “sinergia que tem de ser desenvolvida entre empresas, envolvendo as startups”.

José Vale, na mesma intervenção, sublinhou a proximidade “muito grande” do IAPMEI com Loures, a qual a ser ver, “tem dado muito bons resultados”, e salientou ainda os apoios que esta agência dá ao desenvolvimento da economia nacional e da criação de novas empresas, com recurso aos fundos PT 2030 e do PRR.

Descarregue e leia a edição impressa OLHAR LOURES - Dezembro no seu computador ou equipamento móvel

Quer comentar a notícia que leu?