A Câmara de Loures vai pedir ao Governo para declarar o estado de calamidade no município, adianta um comunicado emitido pela autarquia esta quinta-feira, na sequência dos estragos provocados pelo mau tempo na noite de quarta para quinta-feira.
A forte chuva, verificada em toda a região de Lisboa, originou, no concelho de Loures, cerca de 160 ocorrências, entre deslizamentos de terras, quedas de muros, de árvores, inundações e cheias. A Câmara Municipal, juntas de freguesia, bombeiros e forças de segurança do concelho estão a envidar todos os esforços para solucionar os problemas causados pelas condições meteorológicas adversas verificadas nas últimas horas.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal, Ricardo Leão, há a registar cerca de 25 desalojados, seis dos quais pernoitaram no pavilhão Paz e Amizade. “As equipas sociais da Autarquia estão a percorrer o concelho e a fazer a avaliação nas habitações para verificar as necessidades”.
O município está a avaliar os danos nas infraestruturas e nas habitações em Loures. “Temos as equipas e os técnicos sociais da câmara a percorrer as zonas mais afetadas do concelho, que, em termos de habitação, foram Frielas e Santo António dos Cavaleiros”, disse o presidente da Câmara, Ricardo Leão, em entrevista à RTP por volta das 13:30.
De acordo com a avaliação dos danos em curso, Ricardo Leão admitiu alargar o espaço de acolhimento temporário de desalojados.
O mau tempo provocou estragos nas localidades atravessadas pela Estrada Nacional 8, que atravessa Póvoa de Santo Adrião (no concelho de Odivelas), Flamenga, Santo António dos Cavaleiros e Frielas (no concelho de Loures).
O presidente da Junta de Freguesia de Olival Basto/Póvoa de Santo Adrião, Rogério Breia, disse esta manhã à Lusa que a EN8 está “praticamente intransitável”, devido à presença de lama, lixo e caixotes.
Devido à gravidade das ocorrências, a Autarquia irá solicitar ao Governo que seja declarado o “estado de calamidade” para o concelho.