OEIRAS VAI DEBATER O PÓS-PANDEMIA

O Templo da Poesia, em Oeiras, vai realizar, na próxima quarta-feira, dia 25 de janeiro, o debate “Lições da Pandemia – A Ciência Move-nos para o Futuro”, focando-se nos temas “O que aprendemos com a pandemia COVID-19” e “estarão os cientistas e os cidadãos mais preparados para combater uma nova pandemia”.

A sessão é organizada pelo Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade NOVA de Lisboa (ITQB NOVA) e pelo Município de Oeiras, e marca a inauguração da exposição ‘A Ciência Move-nos para o Futuro’, com fotografias que mostram o trabalho realizado no ITQB NOVA durante o auge da pandemia, quando era obrigatório o uso de máscaras.

Esta mostra tanto como a mesa redonda são abertas ao público e têm entrada gratuita. Este debate será moderado pelo jornalista Carlos Vaz Marques e contará com a participação de Pedro Patacho, vereador do Município de Oeiras; Filipe Froes, pneumologista, consultor da DGS e ex-coordenador do Gabinete de Crise para a COVID-19 da Ordem dos Médicos; Cláudio M. Soares, Diretor do ITQB NOVA; Catarina Pimentel, investigadora responsável pelos testes COVID-19 de saliva nas escolas públicas de Oeiras; e Sara Handem, aluna de Doutoramento e voluntária na realização de testes PCR aos profissionais de primeira linha da autarquia, como polícias, bombeiros e auxiliares escolares.

Neste debate, vão ser abordados temas como a parceria entre a ciência e a sociedade na luta contra a Covid-19, bem como a participação dos investigadores em testes e a forma como diversos laboratórios passaram a dedicar a sua investigação a este tema, entre outras lições que possam ter ficado para outras futuras pandemias.

A exposição, patente até 28 de fevereiro, terá por base a campanha realizada no ITQB NOVA durante a pandemia para incentivar o uso de máscaras no ambiente de trabalho, e que mostra investigadores, estudantes e funcionários a desempenhar tarefas essenciais com máscara. Esta campanha tinha como base o tema “A Ciência irá mover-nos para o Futuro” , lema adotado pelo instituto durante a pandemia. Este instituto é uma instituição de investigação e de ensino nas áreas das ciências da vida, química e tecnologias associadas.

Este espaço conta com 500 investigadores e estudantes; e ainda 60 funcionários, que trabalham em ciência de excelência, financiadas através de fundos competitivos. O instituto tem também uma grande ligação à sociedade, em especial com as escolas, contando ainda com diversas parcerias com a Câmara de Oeiras. Durante a pandemia, foi criada uma equipa dedicada à investigação do SARS-CoV-2, vírus que provoca a Covid-19.

Nesta época, vários laboratórios mudaram parte da sua investigação para estudar o vírus e as suas variantes, desenvolver novos testes, terapias, entre outros. Em parceria com a autarquia, um grupo de 50 voluntários realizou milhares de testes RT-PCR a agentes da polícia, bombeiros, assistentes escolares e outros trabalhadores da linha da frente da autarquia, tendo ainda disponibilizado testes de saliva aos alunos do pré-escolar ao 6º ano, num estudo que ajudou a identificar vários casos nas escolas públicas de Oeiras.


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