O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou esta quinta-feira, dia 19 de janeiro, os terrenos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), acompanhado pelos presidentes das Câmaras Municipais de Lisboa e Loures, Carlos Moedas e Ricardo Leão, respetivamente, de forma a fazer um ponto de situação do andamento das obras no Parque Tejo, que deverão ficar concluídas muito em breve.
A visita contou ainda com vereadores das duas autarquias, assim como com a presença da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes; do Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar; e ainda do coordenador do grupo de projeto criado pelo Governo para a JMJ, José Sá Fernandes.
O objetivo desta deslocação foi fazer um ponto de situação às obras que decorrem naqueles terrenos, detidos pelas duas autarquias. Desta forma, a primeira parte da visita decorreu na parte que pertence a Loures, onde Marcelo Rebelo de Sousa esteve acompanhado por Ricardo Leão e Sónia Paixão, vice-presidente daquela autarquia. Ao Olhar Loures, Ricardo Leão avançou que esta visita “foi uma visita de acompanhamento” das obras no Parque Tejo, que já se encontram prontos para receber as Jornadas Mundiais da Juventude.
Em outubro, durante uma visita ao Comité Organizador Local (COL) da JMJ, o presidente da Câmara de Loures, adiantou ao Olhar Loures que esta edilidade prevê investir entre nove a 10 milhões de euros na realização do evento, o qual se estima trazer cerca de “dois milhões de peregrinos” a Loures e a Lisboa. Ainda na mesma altura, o autarca considerou que a realização das JMJ vai permitir a recuperação da única frente ribeirinha que o concelho de Loures tem, uma vez que a realização do evento obrigou à retirada dos contentores que se encontravam no Complexo da Bobadela há várias décadas e que “impossibilitavam as pessoas de ter acesso ao rio”.
“Só com um evento deste calibre é que foi possível a retirada dos contentores e a devolução da frente ribeirinha aos moradores”, reiterou Ricardo Leão, acrescentando que as JMJ serão, talvez, “o maior evento que o concelho já recebeu e vai receber”. Após o evento, a autarquia de Loures pretende reabilitar a zona junto ao rio Trancão, de forma a construir um espaço verde e de lazer ao serviço de todos os munícipes, e com diversos equipamentos.
A obra deste Percurso Ribeirinho de Loures foi lançada em julho do ano passado, sendo que este projeto complementa ainda um percurso ribeirinho, com um comprimento com cerca de seis quilómetros, e que começa na margem esquerda do Rio Trancão, ligando-se ao percurso já existente que vai até Vila Franca de Xira. O projeto, adiantou ainda o presidente da Câmara de Loures ao nosso jornal, irá ser lançado logo após a realização das JMJ.
De acordo com o autarca, aquando da apresentação da obra, esta será “determinante para aproximar as pessoas do rio, proporcionando finalmente a milhares de cidadãos (em particular, aos habitantes das zonas de Sacavém, Bobadela, São João da Talha e Santa Iria de Azóia) uma ligação com a frente ribeirinha do concelho de Loures, há muito desejada”, acrescentando que o projeto engloba ainda “uma ligação a meio, porque não se pode só ter entradas nas pontas do parque, servidas por duas passagens aéreas: uma sobre a via ferroviária e outra sobre o IC2”.
Câmara de Lisboa pretende investir até 35 milhões de euros nas JMJ
De seguida, e já nos terrenos pertencentes ao concelho de Lisboa, o Presidente da República teve ainda a oportunidade de conferir o andamento das obras no local onde será instalado o altar para o Papa Francisco. Para além dos dois presidentes de câmara, Marcelo Rebelo de Sousa esteve ainda acompanhado pelo vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, que acrescentou que “aquilo que podemos verificar é que grande parte do trabalho está muito avançado. O Parque Tejo vai estar concluído em maio/junho”, afirmou Filipe Anacoreta Correia, citado em nota de imprensa da autarquia lisboeta, acrescentando ainda que existe “um grande empenho nesta obra e uma grande motivação para criar condições para que tenhamos um grande evento.”
Por outro lado, na perspetiva de Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, a requalificação daqueles 38 hectares de terreno vai ser semelhante ao que aconteceu com a Expo’98. “Conseguimos mudar a cidade e criar essa sustentabilidade para o futuro. Nós vamos ter a capacidade de mudar aqui esta área, de uma forma sustentável e tratável”, apontou o autarca lisboeta aquando do arranque das obras, em fevereiro do ano passado. Para a realização das JMJ, a edilidade da capital mostrou-se disponível para investir “até um total de 35 milhões de euros”, contando atualmente com 20 milhões de euros aprovados, sendo que o restante valor chegará através de um empréstimo.
A proposta foi aprovada esta semana em sessão privada da Câmara Municipal de Lisboa, com um voto contra do Bloco de Esquerda (BE), nove abstenções (quatro do PS, duas do PCP, duas do Cidadãos Por Lisboa e uma do Livre), com sete votos a favor da coligação “Novos Tempos”. Em comunicado enviado à comunicação social, o BE justificou o seu voto contra porque considera que o “processo está a ser conduzido sem transparência, visto que só houve uma reunião de acompanhamento há mais de seis meses e desde aí não houve mais esclarecimentos”.
Ainda no entender da vereadora Beatriz Gomes Dias, “são 35 milhões de euros para um evento de três dias, que são difíceis de explicar quando Carlos Moedas tem apenas 40 milhões para recuperar os bairros municipais nos próximos quatro anos”, considerando ainda que “não ficou claro para que empreitada servem os 15 milhões de euros”. Este empréstimo será de médio e longo prazo e tem como objetivo financiar investimentos no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), mas ainda terá de ser validado pela Assembleia Municipal de Lisboa.
De acordo com o BE, “o vice-presidente esclareceu que os altares, as estruturas das lojas serão outro contrato e que será a EGEAC a gastar o dinheiro no palco, nos milhares de wc, nos ecrãs gigantes”, estruturas estas que, no entender do partido, “serão usadas apenas nas Jornadas”, sendo por isso, um investimento que não fica para os munícipes, e recorda que, desde 15 de julho de 2022 que solicita informações sobre as medidas de mitigação do impacto de um milhão de visitantes para os moradores de Lisboa.
Recorde-se que as JMJ realizam-se entre os dias 1 e 6 de agosto, no Parque Tejo, e é considerado o maior evento alguma vez realizado em Portugal, e que vai trazer a Lisboa milhões de jovens peregrinos.
Sao 180 Milhões de euros a menos para o povo – VERGONHOSO
Ao dia de hoje envie este corpo de e-mail ao Sr. Presidente de Camara…
será que algum dia vou ter resposta????
Boa tarde,
Exmo Sr. Presidente,
Sou Miguel Garcia, com o contribuinte fiscal 204 720 486, fui alvo de vitima das cheias na noite de dia 07 para 08 de dezembro de 2022 em Santo António dos Cavaleiros junto à Repsol. Foi inundado devido as chuvas na via publica a única viatura que possuo para me deslocar quer pessoalmente quer profissionalmente. Esta está dada como perdida segundo a Stelantis de Sacavem ( onde se encontra neste momento ) com um valor aproximado de reparação de 42.000 euros ( quarenta e dois mil euros ) trata-se de um Citroen DS4 com a matrícula 89-PJ-91 1.6 120Cv gasóleo. Sou trabalhador independente e como tal não disponho de grande verbas para viver. Tenho perdido algum trabalho por não ter se quer viatura para me deslocar fora da rede de transportes públicos, situação que é lamentável. Tendo acompanhado as noticias do Sr Presidente e tendo estado consigo no dia do ( sinistro ) pareceu-me uma pessoa consciente da gravidade dos factos.
Contudo até ao dia de hoje e por comunicados no site da CM de Loures não vejo qualquer apoio possível e já lá vão quase 60 dias. Subsídios possivelmente ilegais já foram atribuídos, e infelizmente eu nem carro tenho.
Peço ajuda no sentido se ser concedido apoio para esta situação que é idónea e em tudo real.
Inteiramente disponível para qualquer contacto ou esclarecimento, deixo o meu contacto 933 609 652
Desde já grato pela atenção dispensada.
Sem outro assunto,
Com os meus melhores cumprimentos.
Miguel Crespo Garcia
Realmente é vergonhoso o povo não ter direito a nada e os ricos cada vez mais ricos