‘Passado-Presente’ é a nova exposição do TagusPark, e a primeira de fotografia, a título individual em Portugal, da fotojornalista Patrícia de Melo Moreira e pode ser vista, de forma gratuita, no Núcleo Central do Taguspark, de 19 de janeiro a 18 de fevereiro.
Esta exposição, explica o TagusPark em nota de imprensa, retrata o percurso feito pela fotojornalista, desde 2010 até ao presente, enquanto correspondente da Agência France Presse, em Portugal. O trabalho conta com a curadoria de Mário Cruz e é apresentado em parceria com a CC11 e Narrativa.
Para Patrícia, citada na mesma nota, o facto de Portugal não estar nas notícias da atualidade mundial permite-lhe focar-se em histórias com mais profundidade e menos mediáticas, onde muitas acabam por revelar um presente menos visível. Ao mesmo tempo, esta exposição mostra ainda tradições e o legado histórico do país, onde a pandemia da Covid-19 evidenciou os pontos fortes e fracos desta sociedade: um povo unido e resiliente, mas que vive num país que ainda tem muito a evoluir no panorama europeu.
Por sua vez, o curador da exposição, Mário Cruz, refere que “as 31 fotografias nesta exposição ultrapassam a sua utilidade e função noticiosa na medida em que perduram no tempo, tendo, por isso, uma leitura intemporal e desprendida de acontecimentos noticiosos. Um dos desafios maiores que a fotografia enfrenta é o de permanecer na memória e dessa forma ser parte da história. Aqui, Patrícia de Melo Moreira dá o seu contributo através de fotografia cuidada, atenta e distinta”.
De entrada gratuita, a exposição insere-se na programação do Museu de Arte Urbana (MAU), que tem por objetivo promover o pensamento crítico e contribuir para o bem-estar de quem visita e trabalha no TagusPark. A mostra pode ser vista de segunda-feira a sábado, entre as 9H00 e as 19H00.
A autora nasceu em 1983, em Lisboa, tendo estudado fotojornalismo na ETIC. Em 2006 começou a trabalhar para revistas e jornais nacionais como freelancer e pouco depois tornou-se colaboradora da Agência France Presse (AFP). Em 2018, foi a primeira mulher a receber o Prémio Estação Imagem com o trabalho “Verão Negro”. Dois anos mais tarde, foi nomeada para Fotógrafa do Ano de Agência pelo The Guardian e em 2021 apresentou no festival de fotojornalismo “Visa Pour l’Image, em Perpignan (França), a exposição individual “My Portugal”.