SANTA ENGRÁCIA ESTÁ VOLTA ÀS MARCHAS DE LISBOA CINCO ANOS DEPOIS

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A Marcha de Santa Engrácia vai regressar, em 2023, ao concurso das Marchas Populares de Lisboa. A última vez que participou foi em 2018, com o tema ‘Santa Engrácia homenageia Lisboa’, o que deu o 22º lugar a este bairro. Cinco anos depois, volta a desfilar na Altice Arena, no dia 4 de junho, e na Avenida da Liberdade, de 12 para 13 de junho.

A Marcha de Santa Engrácia é organizada pelo Operário Futebol Clube de Lisboa, que tem, desde 2021, uma nova direção, liderada por Pedro Almeida. Segundo o presidente do clube, ao Olhares de Lisboa, o grupo de marchantes de 2023 já participou em 2018 e têm idades entre os 16 e os 65 anos. Por sua vez, muitos deles são moradores na freguesia.

“Tivemos todos os marchantes necessários logo no primeiro dia”, explicou Pedro Almeida. Por outro lado, salienta ainda que, muitos deles foram angariados através do ensaiador da marcha deste ano, Bruno Barros, que também colabora com outras marchas lisboetas. O bairro de Santa Engrácia situa-se na freguesia de São Vicente, que inclui mais três marchas populares: São Vicente, Graça e Infantil da Voz do Operário (extraconcurso). No entanto, Pedro Almeida acrescenta que não há rivalidade entre as marchas.

Para já, a Marcha de Santa Engrácia está a ensaiar, de segunda a sexta, no pavilhão do Agrupamento de Escolas das Olaias, mas em breve irão passar para as instalações do Operário Futebol Clube de Lisboa. Este bairro irá desfilar no dia 4 de junho, na Altice Arena, e depois na Avenida da Liberdade, de 12 para 13 de junho. Em 2018, apresentaram o tema ‘Santa Engrácia Homenageia Lisboa’, ficando em 22º lugar no concurso. Por isso, esta marcha não conseguiu o acesso direto à edição do ano seguinte.

Em 2018, o tema fez referências aos pontos turísticos de Santa Engrácia

Este tema quis fazer referências aos pontos turísticos de Lisboa e da freguesia de São Vicente. Neste ano, o tema principal das Marchas Populares foi o filme “A Canção de Lisboa”, que contou com atores como Vasco Santana, Beatriz Costa, António Silva, entre outros. Foram estas personalidades que a Marcha de Santa Engrácia quis homenagear, lembrando ainda que é neste bairro que está um dos principais pontos de entrada de turistas em Lisboa.

Em 2018, os ensaiadores de Santa Engrácia foram Carlos Espanhol e Margarida Martins. João Praia foi o figurinista. Ao mesmo tempo, foi também o cenógrafo, juntamente com Tozé Batista. Já os padrinhos foram Maria João Gama e Pedro Silva.

Melhor resultado foi um 7º lugar

Já este ano, a Marcha de Santa Engrácia vai contar com o ensaiador Bruno Barros. Os figurinos estão a cargo de Brandão e Barros e a cenografia será de Sandra e Carlos Ferreira. As músicas e as letras são de Nuno Nazareth Fernandes e Carlos Alberto Moniz. Por sua vez, o apresentador Duarte Siopa e a comentadora social Filipa de Castro serão os padrinhos da Marcha de Santa Engrácia em 2023. O melhor resultado que esta marcha já conseguiu foi um sétimo lugar.

Contudo, a expetativa para 2023 não é ganhar o concurso, até porque, acrescenta o responsável, “creio que existe uma espécie de primeira e segunda divisão dentro das Marchas Populares, e nós estamos na segunda, mas gostávamos muito de conquistar o melhor resultado possível. Do meio da tabela para cima, era perfeito”, conclui.

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Operário Futebol Clube de Lisboa organiza marcha desde 2006

A Marcha de Santa Engrácia foi, até 2006, organizada pela coletividade ‘Os Tabacos’, atualmente conhecida como Centro de Cultura Popular de Santa Engrácia. “A transição da marcha deu-se após uma negociação entre os Tabacos e o Operário, que aceitaram ficar com a organização da marcha”, explicou Pedro Almeida. O Operário Futebol Clube de Lisboa tem 102 anos de história, e para além da Marcha de Santa Engrácia, promove também futebol, em todos os escalões etários.

Atualmente, um dos grandes objetivos da nova direção é aumentar o número de modalidades. Por isso, a direção já está a tentar encontrar um novo pavilhão para a realização destas atividades. Contudo, não está a ser fácil porque não há espaços disponíveis na freguesia.EU

Por outro lado, Pedro Almeida faz ainda um balanço muito positivo destes dois anos de mandato. “Já conseguimos remodelar o clube e pagar todas as dívidas que a anterior direção deixou”. Neste aspeto, o presidente do Operário recorda que o clube “tinha cerca de 60 mil euros em dívidas, o que levou à perda do estatuto de Pessoa Coletiva de Utilidade Pública”.

Contudo, e após o pagamento das dívidas, a nova direção, composta por sete pessoas, conseguiu “reativar este estatuto, que é muito importante para as coletividades”. Para ajudar a pagar a dívida, a direção do Operário contou com o apoio “das empresas da freguesia, da Junta de Freguesia de São Vicente e da Câmara de Lisboa”. “Estávamos prestes a fechar portas e conseguimos recuperar o clube”, finaliza Pedro Almeida.

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