PARQUE TEJO ESTÁ QUASE PRONTO PARA RECEBER A JMJ

A dois meses da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a Câmara Municipal de Lisboa (CML) abriu à população o Parque Tejo, local onde se irá realizar a JMJ entre os dias 1 e 6 de agosto. A visita decorreu este sábado, dia 10 de junho. Aqui, a população pôde ficar a par do estado das obras.

Para já, a obra do aterro já está concluída. No entanto, a obra do Palco-Altar ficará concluída um mês antes da JMJ. Recorde-se que, inicialmente, esta estrutura estava prevista para ter nove metros de altura. Com as alterações, o altar passa a ter apenas quatro metros de altura, com capacidade apenas para 1240 pessoas, menos 760 do que as previstas no projeto inicial.

Ainda assim, e como forma de reduzir os gastos, a área deste palco-altar da JMJ terá apenas 3250 metros quadrados, quando inicialmente estava previsto chegar aos cinco mil. Por isso, haverá menos 30 mil espetadores a ver o Papa. Desta forma, serão instalados no local vários ecrãs gigantes para os participantes na JMJ conseguirem ver o Santo Padre.

Palco-altar ficará para o futuro, garante Moedas

“Fomos capazes de fazer em Portugal aquilo que não acreditamos”, disse o presidente da CML, Carlos Moedas, este sábado, aos jornalistas, durante a visita. No entanto, o autarca assegura que esta estrutura irá ficar após a JMJ, e que será “para todos os lisboetas”, na medida em que ela deverá ser utilizada para eventos futuros. “Será um motivo para muitos turistas virem aqui depois, porque vão querer ver o sítio onde o Papa esteve”, reforçou o edil lisboeta.

Para já, a CML já está a avaliar, junto de diversas empresas, as utilidades que aquela estrutura poderá ter no futuro. Essa foi também uma das preocupações expressas pela população ao presidente da Câmara de Lisboa. Por sua vez, na visita deste sábado, os visitantes puderam ainda ver a ponte ciclo-pedonal que está em fase de conclusão.

Contudo, o passadiço junto à margem do Rio Trancão irá estar encerrado por razões de segurança. Esta estrutura conta com estacas de madeira no leito do rio, e por isso, poderá não aguentar o elevado número de pessoas que vão estar presentes na JMJ.

Papa irá ainda passar pelo Parque Eduardo VII

Para além das cerimónias no Parque Tejo, estão ainda previstos outros eventos relacionados com a JMJ na cidade. Um deles será no Parque Eduardo VII, cujo palco terá um custo de 450 mil euros, mas será financiado pela Fundação JMJ. Para já, a autarquia já começou a intervir no Memorial de Evocação ao 25 de abril, da autoria de João Cutileiro.

Esta obra é composta por duas colunas e uma escultura. Contudo, a autarquia assegura que a retirada do monumento se deve exclusivamente a obras de restauro e não devido à JMJ. Esta intervenção terá o custo de 98 mil euros.

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Um parque para o futuro

O Parque Tejo tem uma área de 100 hectares, dos quais 38 situam-se no concelho de Lisboa e 68 no concelho vizinho de Loures. Durante a JMJ, o espaço irá contar com 1680 casas de banho individuais, incluindo sanitários para pessoas com deficiência. Por outro lado, haverá ainda mais de 600 torneiras, que disponibilizam água para os visitantes.

Nos dias de muito calor, haverá ainda um sistema que vai pulverizar água para refrescar os participantes. Também haverá estruturas para acolher as transmissões televisivas. Após o evento, ficará um parque verde que será regado com a Água +, proveniente da ETAR de Beirolas. Já do lado de Loures, o concelho receberá um parque ribeirinho, para usufruto de toda a população. Até há bem pouco tempo, recorde-se, esta zona estava toda ocupada por contentores, que foram retirados para receber a JMJ.

Carlos Moedas salientou que esta era “uma área que até há bem pouco tempo era um aterro sanitário”. Em breve, “estará apta a ser usufruída por todos os que a queiram frequentar”. Por outro lado, “é uma obra de e para todos os Lisboetas. E que ficará para o futuro da cidade”. No entanto, “a obra nasce por causa da JMJ, mas irá muito além deste evento”, garante.

Autarca lisboeta confiante com a vinda do Papa Francisco

Apesar das notícias que dão conta do estado de saúde frágil do Papa Francisco, Carlos Moedas mostrou-se confiante de que o Santo Padre irá recuperar e por isso, que irá estar em Lisboa na primeira semana de agosto. “O Papa está a melhorar. As notícias são boas”, disse o autarca. “Só existe um plano, que é o ‘Plano F’, o plano Francisco, e o Papa Francisco virá a Lisboa”, reforçou.

“Teremos aqui uma grande Jornada da Juventude e é nisso que estamos a trabalhar. Não estamos a trabalhar em mais nenhum cenário”, concluiu Moedas. Recorde-se que, recentemente, o Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar, referiu que, caso o Papa Francisco não possa vir a Lisboa, por motivos de saúde, a JMJ ficaria inviabilizada.

Para além de Carlos Moedas, nesta visita esteve também o vice-presidente da CML, Filipe Anacoreta Correia. A realização das JMJ contará com um investimento, por parte da CML, de cerca de 35 milhões de euros. Deste valor, 21,5 milhões de euros estão destinados a estudos, projetos e fiscalização (1,6 milhões de euros); reabilitação do aterro sanitário de Beirolas (7,1 milhões de euros); ensaios e fundações (1,06 milhões de euros); e ainda a construção do altar-palco (4,24 milhões de euros).

Contudo, esta verba servirá ainda para a construção e manutenção de infraestruturas e equipamentos (3,3 milhões de euros); e construção de uma ponte pedonal sobre o Rio Trancão (4,2 milhões de euros).

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