O presidente da Câmara de Lisboa negou hoje que haja falta de segurança no palco-altar no Parque Tejo, construído para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), e defendeu que jovens como Bordalo II têm “toda a liberdade artística”.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, visitou esta sexta-feira o Centro de Coordenação Operacional Municipal (CCOP). O espaço entrou em funcionamento hoje no Pavilhão Carlos Lopes. Desta forma, estará ativo até 7 de agosto, no âmbito da realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Por sua vez, o edil de Lisboa defende que a cidade está “preparada para receber a JMJ” e o Papa Francisco.
Em declaração aos jornalistas, à margem da ativação do CCOP para a JMJ, o presidente da Câmara de Lisboa garantiu que a intervenção artística não reflete um problema de segurança. No entanto, sublinhou que ainda vai “apurar exatamente” o que aconteceu.
O CCOM, como explicou Carlos Moedas, será coordenado pelo Serviço Municipal de Proteção Civil. Ao mesmo tempo, integrará representantes dos serviços operacionais e de suporte da autarquia, forças de segurança, emergência e proteção civil. Em conjunto, estas equipas vão assegurar o normal funcionamento da cidade e a resposta às necessidades decorrentes da realização da JMJ.
Tudo preparado
Segundo explicou, Lisboa está preparada para receber a JMJ. Por outro lado, salientou que, a partir do Centro de Operações “vemos tudo o que se passa na capital, desde o buraco na rua, até a problemas que surjam na rua”. No mesmo sentido, possibilita também acionar o INEM para algum problema “de alguém que se sentiu indisposto”.
“Preparação, prontidão e operação”, foram as três palavras utilizadas por Carlos Moedas para demonstrar que a cidade está “preparada para receber a Jornada Mundial da Juventude”. Ao mesmo tempo, lembrou que este Centro de Coordenação Municipal foi montado, pela primeira vez, durante as últimas cheias.
As principais cerimónias da JMJ irão decorrer no Parque Tejo. O espaço localiza-se a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, e fica em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures. Ao mesmo tempo, haverá ainda iniciativas no Parque Eduardo VII, no centro da capital.
“Revolta” de Bordalo II
Questionado pelos jornalistas sobre a intervenção de Bordalo II no altar-palco em Lisboa, Carlos Moedas considerou que é importante que todos sejam ouvidos e que este tipo de protesto “faz parte da participação nas jornadas”.
Sublinhou que a prioridade nestes dias é garantir a segurança das pessoas e que o palco é um espaço de “acesso restrito”. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa realçou que a intervenção partiu de um artista “que todos nós conhecemos” e que até tem colaborado com a autarquia.
“Deixaram entrar por ser um artista conhecido”, concluiu ainda Carlos Moedas, realçando que se tratou de “uma brincadeira”.
Visita ao RSB
No âmbito da JMJ, a Câmara de Lisboa investiu cerca de 35 milhões de euros. Deste valor, investiu nove milhões no Regimento de Sapadores Bombeiros, na Proteção Civil e na Polícia Municipal.
Amanhã, sábado, dia 29 de julho, Carlos Moedas visita o quartel do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB), localizado em Alvalade. Assim, o objetivo será ver algumas das viaturas e dos equipamentos que foram adquiridos no âmbito da JMJ. Este foi um esforço de investimento de 5,2 milhões de euros que ficará para o futuro da cidade.
Por fim, o RSB desempenhará um papel fulcral nas áreas de socorro e segurança durante este evento, que acontece em Lisboa entre os dias 1 e 6 de agosto.