O Papa Francisco chega a Lisboa na próxima quarta-feira, dia 2 de agosto, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que começa já amanhã, dia 1 de agosto. Até ao momento, já chegaram cerca de 78 mil peregrinos a Lisboa, sendo que estão inscritos mais de 313 mil jovens para participarem na JMJ. Prevê-se ainda a presença de cerca de um milhão e meio de pessoas no evento.
O Santo Padre chegará a Lisboa por volta das 10h00 da manhã. Pelas 11h15, irá ser recebido pelo Presidente da República no Palácio de Belém. Após esta visita, o Papa Francisco irá encontrar-se com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático no Centro Cultural de Belém, às 12h15. O encontro terá como objetivo discutir questões relevantes para a sociedade portuguesa e estabelecer diálogo entre os diferentes setores da comunidade.
Já ao final da tarde, pelas 16h45, o Papa Francisco vai encontrar-se com o Primeiro-Ministro na Nunciatura Apostólica, antes de seguir para o Mosteiro dos Jerónimos, onde se irá encontrar com bispos, sacerdotes, diáconos, entre outros. Já na quinta-feira, dia 3 de agosto, o Papa vai iniciar o dia com um encontro com jovens universitários na Universidade Católica Portuguesa, às 09h00.
Pelas 10h40, irá estar com os jovens da organização “Scholas Occurrentes”, em Cascais. Esta é uma organização criada pelo Papa Francisco e o seu objetivo é promover a educação, a cultura e o desporto. Por fim, pelas 17h45, o Santo Padre irá realizar uma cerimónia de acolhimento na Colina do Encontro, no Parque Eduardo VII.
Papa vai passar ainda por Fátima
Na sexta, dia 4, o Papa irá estar na Cidade da Alegria, em Belém, onde irá ouvir as confissões de alguns jovens, às 09h00. Já pelas 09h45, seguirá para o Centro Paroquial da Serafina, antes de seguir para um almoço com os jovens na Nunciatura Apostólica. Às 18h00, o Papa Francisco dará início à Via-Sacra, na Colina do Encontro. No penúltimo dia da sua visita, sábado, dia 5 de agosto, o Santo Padre irá partir, pelas 08h00, da Base Aérea de Figo Maduro, em direção a Fátima, onde irá rezar o terço na Capelinha das Aparições, juntamente com alguns jovens.
Por volta das 11h00, o Papa regressará a Lisboa, onde, pelas 18h00, irá realizar um encontro privado com os membros da Companhia de Jesus, no Colégio de S. João de Brito. Já pelas 20h45, irá dar início à Vigília, no Campo da Graça (Parque Tejo), um dos momentos mais esperados desta JMJ. No entanto, outro dos momentos mais aguardados será também a Santa Missa, marcada para domingo, dia 6 de agosto, às 09h00, no Campo da Graça.
Por fim, e já da parte da tarde, o Santo Padre partirá para Oeiras, onde, pelas 16h30, irá estar reunido com alguns voluntários da Jornada Mundial da Juventude no Passeio Marítimo de Algés. Pelas 17h50, haverá ainda uma cerimónia de despedida na Base Aérea de Figo Maduro. Será daqui que o Santo Padre irá partir para Roma, a partir das 18h15.
Adesão extraordinária
Na manhã desta segunda-feira, D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriarca de Lisboa, referiu, na primeira conferência de imprensa realizada no âmbito da JMJ, que o evento só foi possível graças à participação de “dezenas de milhares de jovens”. D. Manuel Clemente lembrou ainda que este processo teve início em 2017, quando enviou uma carta ao Papa Francisco “a pedir para organizar a JMJ em Portugal”.
Ao mesmo tempo, reforçou ainda que o evento já começou há pelo menos três anos, com a peregrinação dos símbolos pelas dioceses, cuja adesão “foi muito surpreendente”. “A JMJ Lisboa é uma obra da juventude portuguesa e vai ser bom”, concluiu D. Manuel Clemente. Já para o Padre Filipe Diniz, coordenador dos Dias nas Dioceses, lembrou que esta peregrinação começou a 8 de julho de 2021, em Angola. Neste país africano, os símbolos percorreram o país durante 40 dias.
De seguida, passaram pela Polónia, durante 10 dias, seguindo depois para Espanha, onde os símbolos da JMJ fizeram “14 mil quilómetros”. Finalmente, em outubro de 2021, chegam a Portugal, iniciando a sua peregrinação no Algarve. Desde então, os dois símbolos da Jornada, a cruz peregrina e o ícone mariano, percorreram todas as dioceses do país, terminando o périplo em Lisboa.
“Foram momentos muito significativos”, sublinhou o Padre Filipe Diniz, lembrando que eles não percorram só as igrejas, mas também “centros comerciais, lares de idosos”, entre outros. “Esta peregrinação foi um momento muito expressivo para os jovens e não só. Os dois símbolos tocaram e deixaram-se tocar”, reforçou o sacerdote.