A Santa Sé distinguiu 28 personalidades portuguesas, entre elas o Presidente da República e o Primeiro-ministro demissionário, pelo “apoio prestado à realização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023”. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, recebeu a ordem de Cavaleiro da Ordem de São Silvestre.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, recebeu a ordem honorífica do Estado do Vaticano, de Cavaleiro da Ordem de São Silvestre, que lhe foi entregue, a 9 de novembro, pelo Cardeal Américo Aguiar, como reconhecimento pelo trabalho na organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
As condecorações simbolizam o agradecimento do Papa Francisco a “Todos, Todos, Todos. Todos os que se empenharam e dedicaram na JMJ. À CML, a todos os seus trabalhadores, e a todos os munícipes”, assinalou o também Bispo de Setúbal, Cardeal Américo Aguiar, que fez questão de se referir ao papel do vice-presidente da Câmara, Filipe Anacoreta Correia.
Segundo o Bispo de Setúbal, “a igreja católica portuguesa não tinha capacidade para organizar tudo”, se não fossem os diversos apoios e a colaboração de todas, todas as entidades públicas (Governo e autarquias), instituições privadas e, essencialmente, das pessoas.
Com a atribuição destas distinções, “o Santo Padre quis agradecer o trabalho de todos”, abençoando todos aqueles, incluindo os não crentes, que contribuíram para o êxito da Jornada Mundial da Juventude.
D. Américo Aguiar, que agradeceu também a todas as forças politicas portuguesas, defendeu que o Papa Francisco deixou em Lisboa uma mensagem de esperança e de paz, que contribuirá para construir uma sociedade cada vez melhor,
Trabalho de equipe
“O Papa conseguiu unir todos. O Papa conseguiu que as pessoas trabalhassem todas em conjunto”, afirmou Carlos Moedas. “Quero que esta distinção, tão bonita, fique aqui, ao dispor de todos”, disse o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, defendendo que “não podemos perder aquilo que se ganhou com as JMJ”.
Carlos Moedas recordou que “os momentos que vivemos, naqueles dias, marcaram a cidade e os seus autarcas”. “Tivemos a sensação que o mundo estava parado, mas que a felicidade era eterna”, reconheceu Carlos Moedas, salientando que a JMJ devolveu “a auto-confiança à câmara”, uma sensação que já estava perdida há muito tempo.
O autarca fez questão de enaltecer o trabalho desenvolvido pelos trabalhadores da edilidade, realçando que “os funcionários públicos municipais são extraordinários”. “O Papa conseguiu que as pessoas trabalhassem todas em conjunto”, afirmou, recordando duas ou três imagens que ficaram retidas na sua memória, nomeadamente a atitude dos jovens em ajudarem os trabalhadores da higiene urbana a recolherem o risco.
Na cerimónia, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, que contou com a presença do Cardeal-Patriarca de Lisboa, Rui Valério, e do Núncio Apostólico, arcebispo italiano D. Ivo Scapolo, foi ainda distinguida a presidente da Assembleia Municipal, com a ordem de Dama da Ordem de São Silvestre. “É com comoção que recebo, em nome de Lisboa, esta distinção”, afirmou Rosário Farmhouse.
A Ordem de São Silvestre Papa (em latim: Ordo Santus Silvestri Papae) é atribuída aos católicos que se notabilizaram no exercício da sua profissão, recomendada por padres, bispos ou Núncio Apostólico, sendo atribuída diretamente pelo Papa, como Sumo Pontífice, chefe da Igreja Católica e chefe de estado do Vaticano.