A EGEAC apresentou, esta quinta-feira, 9 de maio, numa cerimónia que teve lugar no Páteo da Galé, os 16 casais que vão dizer o ‘Sim’ na edição de 2024 dos Casamentos de Santo António, no dia 12 de junho.
No dia 12 de junho, os Casamentos de Santo António voltam a sair à rua. Mais uma vez, serão 16 casais que vão dizer o ‘Sim’, nas cerimónias religiosas, na Sé de Lisboa, e nas cerimónias civis, nos Paços do Concelho. No total, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a EGEAC receberam, este ano, 37 candidaturas. Os 16 casais escolhidos foram apresentados esta quinta-feira, 9 de maio, numa cerimónia que teve lugar no Páteo da Galé e que foi conduzida pela apresentadora da RTP, Serenella Andrade.
De acordo com Pedro Moreira, presidente da EGEAC, “os Casamentos de Santo António são uma das tradições mais queridas da nossa cidade. Mais de seis décadas depois, esta tradição tão bonita continua sob os auspícios do nosso santo casamenteiro”. O responsável lembrou ainda que esta celebração “é um dos momentos mais altos das Festas de Lisboa”, cujo programa será apresentado no próximo dia 21 de maio, às 18h30, na Praça do Munícipio. Destacando a parceria entre a EGEAC e a CML, Pedro Moreira aproveitou ainda a sua intervenção para agradecer “a todos estes noivos e noivas que querem partilhar com a nossa cidade este momento tão importante para as vidas deles”.
Tradição com mais de 60 anos
Por fim, o presidente da EGEAC aproveitou ainda para agradecer a todos os parceiros desta iniciativa, entre as quais a RTP, que faz a transmissão televisiva do evento, mas também a todas as equipas municipais e juntas de freguesia da cidade, que também se associam a este acontecimento. Diogo Moura, vereador com o pelouro da Cultura da CML, começou também por agradecer a todos os parceiros dos Casamentos de Santo António, referindo que “é muito bom estar aqui”. “Os noivos, a partir de agora, vão fazer parte da história da cidade de Lisboa”, acrescentou o autarca, referindo que também serão lembrados “os casais que comemoram os 50 anos” de matrimónio.
“O que nós desejamos é que estes casais, depois do dia 12 de junho, possam também celebrar connosco, daqui a 50 anos, as Bodas de Ouro”, disse Diogo Moura, lembrando a importância e a tradição deste evento em Lisboa. Por sua vez, o presidente da CML, Carlos Moedas, começou por agradecer a todos os parceiros e envolvidos na divulgação e organização dos Casamentos de Santo António, deixando “três palavras para os noivos”. A primeira é “a responsabilidade”, uma vez que os Casamentos de Santo António “são um dia muito especial para a nossa cidade”. Por isso, estes 16 casais, frisou, “são embaixadores da nossa cidade. A partir deste momento, [vocês] vão ser os nossos casais, os casais de Lisboa”.
Um momento único
No entender do autarca, “não há casamentos como estes”, uma vez que os Casamentos de Santo António “representam a nossa cidade”. A segunda mensagem que Carlos Moedas transmitiu a estes casais “é a emoção” que este evento representa. “Quando se juntam as vossas famílias todas ali no copo de água, é uma energia absolutamente única”, considerou. Por fim, o terceiro ponto diz respeito “à inspiração” do Santo António, que “ajudava as noivas que não tinham capacidade financeira” para se casarem. “As pessoas juntavam-se à volta dele porque ele era um homem que inspirava”, lembrou o presidente, desejando que “o vosso futuro seja inspirado por Santo António, pelos Casamentos, mas sobretudo pela inspiração da nossa cidade”.
“Estes casamentos é um dos melhores dias do meu ano como Presidente da Câmara. Tenho dias que são mais difíceis, mas depois tenho dias e momentos muito felizes. É mesmo o primeiro dia do resto da vossa vida e é um dia em que se vão sentir de tal forma ultrapassados por tudo o que está a acontecer”, referiu Moedas, deixando a sugestão para que estes 16 casais vivam o momento e esqueçam tudo o resto. “Aquele momento é para ser vivido, porque ele é realmente um momento único da vossa vida”, finalizou o presidente da CML, antes de convidar os 16 casais para um brinde em conjunto.
11 casamentos religiosos e cinco civis
A cerimónia terá 11 casais na Sé de Lisboa (casamentos religiosos) e cinco no Salão Nobre dos Paços do Concelho (casamentos civis). Os noivos têm idades entre os 24 e os 48 anos e são residentes de 10 freguesias da cidade. As ocupações de cada um dos nubentes são diversas, desde administrativos, lojistas, motoristas, professores, juristas, engenheiros e porteiros, entre outras. O primeiro casal a ser apresentado foi a Layane Carmo, de 25 anos, porteira, e o Diego Sena, 24 anos, auxiliar de serviços gerais. O casal é residente na freguesia de Santa Maria Maior e tem como lema ‘Os nossos destinos foram traçados na maternidade’.
O segundo casal é a Flávia Abadeço, de 33 anos, vigilante de crianças, e o Ricardo Costa, de 42 anos, jurista. Ambos residem em Carnide e têm como lema ‘Sempre Honestos’. O casal número três vem de Marvila é a Patrícia Fernandes, de 38 anos, empregada de balcão, e o João Fernandes, de 45 anos, motorista. O lema é ‘Um casal que lutou e conseguiu’. Por sua vez, o casal número quatro, é a Vera Ferreira, de 35 anos, desempregada, e o Pedro Correia, de 32 anos, coordenador de estafetas. Ambos são de Marvila e têm como lema ‘Encontrei em ti’. O quinto casal vem de Benfica e é a Emília Cruz, de 48 anos, assistente social, e o o Rodrigo Pacheco, de 45 anos, administrativo. O lema do casal é ‘Aqui está um bom momento’.
16 casais vão dizer o ‘Sim’ no dia 12 de junho
Da Estrela chega o casal número seis, composto pela Diana Ferreira, de 34 anos, desempregada, e pelo João Martins, também de 34 anos, e que é motorista TVDE. O lema é ‘A Nossa Dança’. Lídia Rodrigues, de 35 anos, técnica de recursos humanos, e Nuno Carrasqueira, de 35 anos, consultor de IT, são o sétimo casal a dar o nó. Ambos são de Marvila e o seu lema é ‘Para todo o Sempre’. O casal número oito é formado pela Cristiana Eusébio, de 25 anos, analista, e o Miguel Eusébio, de 31 anos, lojista. O lema do casal, residente no Areeiro, é ‘Nada nos Abala’. Já o casal nove é a Vanessa Teixeira, 33 anos, auxiliar de educação, e Bruno Matos, 43 anos, motorista.
Ambos são de Marvila e têm como lema ‘O amor vence sempre’. O décimo casal é a Letícia Salomoni de Sá, uma engenheira de 42 anos, e Ihor Brazhnk, técnico administrativo de 46, ambos residentes em Santa Clara. O lema é ‘A Descoberta da Felicidade’. Joana Crispim, de 25 anos, lojista e Diogo Lamas, de 26 anos, professor de Educação Física, são o 11º casal a ser apresentado. Os noivos residem, respetivamente, nas freguesias de Santa Maria Maior, Santa Clara. O seu lema é ‘Cada viagem é um sonho tornado realidade’. Novamente de Marvila, chega-nos o casal número 12, composto pela Inês Silva, de 30 anos, desempregada, e o Hernani Pereira, de 32 anos, assistente operacional. O lema deste casal é ‘A Família é o Mais Importante’.
Evento foi retomado pela CML em 1997
O casal 13 é de Carnide e é a Ana Pereira, 32 anos, operadora de processamento de dados, e o André Azevedo, bombeiro, de 30 anos. O seu lema é ‘Juntos para o Que Der e Vier. O 14º casal a ser apresentado vem de Arroios e é a Vera Tendeiro, administrativa de 40 anos, e Filipe Silva, consultor IT de 39. O lema do casal é ‘Paixão Sem Limites’. O casal número 15 reside na Misericórdia, e é a Rita Albuquerque, técnica de qualidade de 30 anos, e Luís Almeida, técnico de informática de 32, e ambos garantem que foram ‘Nascidos e Criados um para o outro’.
Por fim, o último casal é a Cláudia Loureiro, de 30 anos, lojista e residente em Santa Maria Maior, e o António Ribeiro, personal trainer de 36 anos, residente na freguesia de Santa Clara. Ambos têm como lema ‘Seja Eterno Enquanto Dure’. Os Casamentos de Santo António surgiram em 1958, e foram interrompidos em 1974, com a Revolução de Abril. 23 anos depois, em 1997, foram retomados pela Câmara Municipal de Lisboa, que introduziu os casamentos civis. Desde então, realizaram-se 400 matrimónios, dos quais 275 religiosos e 125 civis.