Foi inaugurado nesta quarta-feira em Lisboa um Memorial em Honra às Vítimas do Holodomor, genocídio que levou milhões de ucranianos a morrer de fome na esteira das políticas soviéticas levadas a cabo por Stalin (1931/1933).
A cerimónia contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, da primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, e da embaixadora da Ucrânia em Portugal, Maryna Mykhaylenko, além de alguns membros da comunidade ucraniana na capital portuguesa.
“Hoje, aqui em Lisboa, estamos espalhando a história da Ucrânia. Falando sobre ela. Falando sobre um dos momentos mais trágicos, não só da história da Ucrânia mas da história da humanidade, e até pouco tempo um de seus momentos mais esquecidos, o Holodomor. O genocídio de milhões de ucranianos, algo não muito diferente do holocausto e do terror do nazismo”, lembrou o prefeito de Lisboa na inauguração do memorial, na Rua do Sol a Santana.
“Hoje, em Lisboa, lembramos os milhões de vítimas desse massacre de camponeses, trabalhadores, de mulheres e de crianças. Honramos sua memória e, com ela, sua história”, disse ainda Carlos Moedas , destacando a presença de Olena Zelenska, “uma inspiração” pelo “trabalho, incansável, em representar um país, liderar uma nação.”
Já a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, agradeceu a iniciativa ao município de Lisboa , e ao povo português, ressaltando que o Memorial “não poderá trazer de volta os mortos, mas, pelo menos, restaura a justiça para com eles”.
Conferências do Estoril 2024
A primeira-dama da Ucrânia está em Portugal para participar das Conferências do Estoril 2024 , que acontecem, entre os dias 24 e 25 de outubro, no Campus de Carcavelos da NOVA SBE.
‘Time to ReThink’ é o tema da 9ª edição das Conferências do Estoril, que contará com a intervenção de Olena Zelenska nesta quarta-feira em uma sessão intitulada “How Do You Keep the Spirit of a Nation Alive in a Time of War” [ “Como manter vivo o espírito de uma nação em tempos de guerra”], onde abordará a resiliência e a união do povo ucraniano, após quase 1.000 dias de conflito armado.