Construção de um espaço museológico, associado à presença de Portugal no mundo, na Quinta do Cedro e a implantação, na Casa do Mar, da sede recém-criada Fundação para o Desenvolvimento Sustentável dos Mares, foram dois dos anúncios feitos por Isaltino Morais, durante numa visita que realizou esta quarta-feira ao Dafundo.
Fora do âmbito das suas habituais visitas de sexta-feira as freguesias do concelho, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras visitou, esta quarta-feira, no Dafundo, o Palacete da Quinta dos Cedros e a Casa do Mar.
A Quinta do Cedro, um dos mais emblemáticos espaços do Dafundo, um imóvel classificado no Plano de Salvaguarda do Património Construído e Ambiental do Concelho de Oeiras, como Edifício Representativo dos Conceitos da Tecnologia Construtiva da Época, foi o primeiro local visitado por Isaltino Morais.
Para esta quinta, o autarca pretende criar um espaço museológico, para acolher, provavelmente, um ‘acervo’ de arte africana e uma coleção de peças de marfim indo-português, “associado aquilo que foi a presença de Portugal no mundo”.
Quinta do Cedro
Após mais de uma década de negociações levadas a cabo pelo Município de Oeiras com os vários proprietários, a Quinta do Cedro, um dos mais emblemáticos espaços do Dafundo, abriu recentemente as suas portas à população. O primeiro elemento que constitui esta Quinta que foi aberto ao público é uma parte significativa do Jardim, cuja área total é de 5800m2.
Posteriormente, ao Jardim juntaram-se, mais dois elementos para visitação, lazer e fruição da população, nomeadamente o Palacete e respetivos edifícios anexos, com 1350m2 de área bruta de construção.
Casa do Mar
Já na Casa do Mar, que se encontra num estado avançado de degradação, Isaltino Morais vai avançar com “as obras para instalação da Fundação para o Desenvolvimento Sustentável dos Mares”, recentemente criada para estudo dos oceanos e das alterações climáticas.
“Enfim, esta fundação tem um vasto conjunto de preocupações ambientais, que visam a salvaguarda do planeta”, defendeu o autarca oeirense.
Contudo, como refere Isaltino Morais, as obras de reabilitação da Casa do Mar vão implicar “uma ampla reconversão. Por exemplo, o Centro de Saúde do Dafundo, que em tempos foi quartel dos bombeiros do Dafundo, vai sair e aí vai ser instalada uma associação de intercâmbio da juventude, de cariz internacional”.
Novo centro de saúde para o Dafundo.
A Casa do Mar pretende afirmar Oeiras como um ecossistema dinâmico e internacionalizado de inovação e de empreendedorismo na construção da nova Economia Azul que ambiciona, entre outros, a criação de um Centro de Formação Avançada de nível Europeu na área da Economia Azul, o desenvolvimento de uma rede colaborativa para a tecnologia oceânica, a par de outras dinâmicas de inovação científica e empresarial de procura internacional.
A aposta numa Economia Azul, em particular nas vertentes do shipping e da biotecnologia, surge como uma resposta natural num território que tem sediadas instituições relevantes relacionadas com os recursos marinhos, como o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, o Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade de Lisboa, o Instituto Superior Técnico, o Instituto Gulbenkian de Ciência, entre outros.
Dia do Mar comemorado em Oeiras
Entretanto, em comunicado a Câmara de Oeiras anunciou, também esta quarta-feira, que o Dia Nacional do Mar será celebrado em Oeiras, no próximo sábado, 16 de novembro, com um conjunto de atividades que promovem a relação entre arte, a ciência e a preservação ambiental. O evento irá acontecer entre as 10h30 e as 18h00 no Forte de São Julião da Barra e no Edifício Atrium da Câmara Municipal de Oeiras.
A programação inclui uma visita guiada à Torre do Farol do Forte de São Julião, à instalação de arte ‘Medusa-do-Tejo’, da artista Antonieta Martinho, e um ‘Science Café’ dedicado a três projetos inovadores de ciência cidadã e cocriação: o Bauhaus of the Seas Sails, o Oeiras Experimenta – IMPETUS e o SeaMic – EUTOPIA HEALTH.
Estas iniciativas têm como objetivo promover a sustentabilidade e a preservação do ambiente marinho, além de dar relevância à colaboração entre ciência e cidadania.