O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, lamenta o óbito do presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Pedro Sobral, que faleceu na manhã do último sábado, 21 de dezembro, vítima de um atropelamento em Belém.
“O acidente que vitimou hoje Pedro Sobral deixa-nos a todos em choque e com uma profunda tristeza. Era muito jovem, dinâmico e empreendedor, mas sobretudo um amigo que não esquecerei. Dedicava-se profundamente a aumentar os públicos e o prazer e os hábitos de leitura. Apresentou-nos uma nova forma de trabalhar o sector e, com base em estudos e abordagens inovadoras, desenhava uma estratégia assente no trabalho em conjunto para criar mudanças significativas e estruturais no sector do Livro”, disse Carlos Moedas, presidente da autarquia lisboeta, em reação à notícia da morte do presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que faleceu na manhã deste sábado, 21 de dezembro, vítima de um atropelamento em Belém, enquanto circulava de bicicleta.
Marcelo e Ministra da Cultura também manifestaram pesar pela morte de Pedro Sobral
O edil reforçou ainda o trabalho próximo de Pedro Sobral em conjunto com a CML, na “organização da Feira do Livro de Lisboa, realizada em conjunto pela APEL e CML, ou nas comemorações do Dia Mundial do Livro”. Para além de Carlos Moedas, também a Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, expressou o seu “profundo pesar” pela “inesperada morte” do presidente da APEL , mostrando-se “chocada” com o acontecimento. “Pedro Sobral será lembrado pelo seu percurso dedicado aos livros e à importância dos hábitos de leitura no nosso país”, acrescentou ainda.
Também uma nota página da Presidência da República diz que foi “com grande choque que o Presidente da República tomou conhecimento do falecimento de Pedro Sobral, esta manhã em Lisboa, em condições trágicas”. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reconheceu o “notável trabalho” de Pedro Sobral como presidente da APEL e considera que “fará muita falta ao setor de livro em particular e da Cultura em geral”. O Chefe de Estado expressou ainda “profundo agradecimento” pela parceria com a APEL na Festa do Livro de Belém, uma iniciativa do Presidente da República de que “Pedro Sobral era um dos principais dinamizadores”.
Pedro Sobral tinha 51 anos e era presidente da APEL desde 2021
Para além de presidente da APEL, Pedro Sobral era ainda administrador do Grupo Leya, que considerou, em comunicado, que a sua partida é “uma perda com danos inultrapassáveis, não apenas para todos os que na Leya trabalharam de perto com Pedro Sobral, mas também para aqueles que, de uma forma ou de outra, estão ligados ao sector do livro”. Pedro Sobral tinha 51 anos e foi vice-presidente da APEL até 2021, ano em que foi nomeado presidente. Era licenciado em Economia e em Ciência Política pela Universidade Católica de Lisboa, tendo frequentado o Programa de Gestão Geral na Harvard Business School, nos Estados Unidos.
Com um percurso inicial na área financeira e de consultoria, foi nomeado, em 2004, diretor de Marketing e Vendas no Grupo Almedina, sendo que, em 2008, entrou no Grupo Leya, primeiro como diretor de Marketing e Conteúdo Digital, mais tarde como coordenador da Divisão Editorial e, por fim, administrador das Edições Gerais do grupo.