O Projeto Ruído – Associação Juvenil participou, no último sábado, 18 de janeiro, na manifestação «É urgente pôr fim à guerra! Todos juntos pela Paz!», que juntou milhares de pessoas em Lisboa.
Aconteceu, no último sábado, 18 de janeiro, em Lisboa, a manifestação «É urgente pôr fim à guerra! Todos juntos pela Paz!», que juntou milhares, incluindo membros do Projeto Ruído, uma associação juvenil de âmbito nacional, com um longo percurso de intervenção junto da juventude em defesa dos seus direitos e, em concreto, do direito à Paz, ao desarmamento e ao cumprimento da Constituição da República Portuguesa. Inês Reis, presidente do coletivo, referiu, no final do percurso da manifestação, destacou “a grande demonstração da juventude nesta manifestação”, saudando “todas as organizações jovens, associações de estudantes do Ensino Secundário, do Ensino Profissional e do Ensino Superior, e associações juvenis de carácter cultural e desportiva” presentes naquela acção.
Inês Reis lembrou ainda que, “perante um contexto internacional em que os conflitos armados alastram significativamente” e em que “a cada dia que passa aumenta o número de vítimas causadas pela guerra, pouco se fala de Paz, a única solução que, ao longo dos anos, os povos gritaram e exigiram nas ruas, como estamos a fazer aqui”. Na sua visão, a juventude portuguesa continuará firme, “por nós e por tantos jovens que, por esse mundo fora, lutam pelo direito ao presente e ao futuro de paz, e que voltarão a correr atrás da bola e não da bala, a estudar e a trabalhar sem medo da bomba, a namorar e a serem felizes sem o medo da morte. A juventude quer a Paz! Não o que a guerra traz!”.
Associação defende fim do conflito na Palestina
“Queremos menos armas, para que possamos ter mais futuro. Só com o fim da guerra deixaremos de assistir a notícias da soma diária da morte de milhares de pessoas inocentes, entre elas crianças, jovens e mulheres. Jovens que tinham uma longa vida pela frente e que foi interrompida pelo anseio dos senhores da guerra de quererem continuar a encher os bolsos à custa da destruição de milhões de vidas”, referiu ainda Inês Reis. “Não pactuamos com os blocos político-militares, que em nada promovem a resolução pacífica dos conflitos armados, pelo contrário, partilham os interesses do imperialismo e aumentam a escalada armamentista”, considera a presidente do Projeto Ruído, sublinhando que “é imperativo pôr fim imediato ao genocídio do povo palestino e à escalada de guerra no Médio Oriente protagonizada por Israel”.
“É urgente pôr fim aos conflitos no Líbano, na Síria, no Saara Ocidental, no Sudão e na Ucrânia. É necessário o cumprimento do artigo 7.º da Constituição da República Portuguesa, e o fim da conivência do Estado português com as ações da NATO, dos EUA e da UE nos diversos conflitos que promovem, bem como a participação de Portugal como agente da Paz, do desarmamento nuclear e da cooperação entre os povos”. O coletivo incentiva ainda a que o Governo “entenda que os interesses dos EUA, da NATO e da UE não se podem sobrepor ao reforço da Escola Pública, do Ensino Superior gratuito, da cultura, do desporto e da saúde, através do SNS, que hoje aqui exigimos”.