Inês Drummond, vereadora do PS na Câmara de Lisboa, renunciou, na manhã desta quarta-feira, ao mandato, na sequência do seu envolvimento na operação Tutti-Frutti. O nome da autarca, que não detinha qualquer pelouro executivo, faz parte do lote de seis dezenas de acusados pelo Ministério Público, conhecido esta terça-feira.
Inês Drummond, vereadora do PS na Câmara de Lisboa, renunciou ao mandato depois de ter sido conhecida a acusação de quatro crimes de prevaricação no âmbito do caso Tutti-Frutti. “Faço-o com o sentimento de dever cumprido e consciência de total transparência e regularidade dos atos que pratiquei, sempre na prossecução do interesse público que norteou toda a minha vida cívica e política”, diz em comunicado a vereadora sem pelouros e que exercia o cargo de forma não remunerada.
“Conhecida a acusação do Ministério Público (MP) no âmbito do processo Tutti-Frutti, é inequívoco, e como sempre afirmei, que em nenhum momento fui considerada suspeita do recebimento de qualquer vantagem ou benefício pessoal”, escreve também Inês Drummond, que foi presidente da Junta de Freguesia de Benfica.
“O Ministério Público continua a estabelecer imputações com base num pressuposto que configura um erro: uma pretensa amizade que não existe, relativamente à contratação de uma empresa que não beneficiei, e à qual, inclusivamente, apliquei sanções pelo incumprimento do contrato”, acrescenta a socialista, que se diz “muito tranquila com o desenrolar do processo” e conta demonstrar que nada fez de errado na fase de instrução do processo.
“Até lá, e sendo conhecidos os tempos da Justiça, renuncio ao mandato de vereadora que exerço há três anos de forma não remunerada”, anuncia agora. “Faço-o com o sentimento de dever cumprido e consciência de total transparência e regularidade dos atos que pratiquei, sempre na prossecução do interesse público que norteou toda a minha vida cívica e política”, conclui.