Portugal está a ser afetado pela Depressão Martinho, que trouxe vento forte, chuva e agitação marítima, provocando a queda de árvores e de estruturas em todo o país. Na zona da Grande Lisboa, uma das zonas mais afetadas, várias árvores de grande porte cederam à força dos ventos e tombaram nas vias, cortando o acesso a estradas e artérias de todo o distrito.
Segundo a Proteção Civil, foram registadas 5800 ocorrências entre as 00h00 e as 11h00 devido ao mau tempo, em Portugal continental, continuando vários distritos sob aviso amarelo esta quinta-feira.
Este retrato também se aplica a Carnaxide e Queijas. Houve dezenas de ocorrências que obrigaram à intervenção dos bombeiros e das equipas de trabalhadores da Junta de Freguesia, que foram alocados para este trabalho.
O presidente da Junta de Freguesia passou a manhã a acompanhar in loco os trabalhos de limpeza e de abate de árvores que representem potencial risco de queda. As equipas mistas de bombeiros e os trabalhadores da Junta passaram toda a manhã a realizar este trabalho de prevenção e continuam no terreno para evitar males maiores.
Falámos com o subcomandante dos Bombeiros de Carnaxide, Carlos Rovelas. O operacional, visivelmente cansado, revela-nos que fez “uma direta” para responder às inúmeras solicitações e ocorrências registadas na área. “Foi uma tarde/noite/madrugada muito complicada. Tivemos 30 a 40 ocorrências. Registou-se a queda de árvores, queda de claraboias e estruturas publicitárias, entre outras. Tentámos responder de forma musculada, numa primeira fase, em que se registou o colapso de várias estruturas. Tivemos quatro das vias principais de Carnaxide totalmente cortadas ao trânsito, devido à queda de árvores de grande porte (na estrada que liga Carnaxide a Queluz), por exemplo”, revela.
Da parte da tarde, a situação acalmou, mas as equipas de intervenção permanecem no terreno para fazerem a “gestão de danos”, prosseguindo com a limpeza das vias e reposição dos sinais de trânsito que foram arrancados pelo vento.
Pese embora os estragos causados pela tempestade, Carlos Rovelas afirma que a situação “está sob controlo”, mas adianta que irão continuar em estado de prevenção máxima.