Estacionamento dos SIMAS pode ser utlizado pelos moradores

A sede dos SIMAS de Oeiras e Amadora inaugurou o novo parque de estacionamento. Os moradores e os munícipes que precisem de tratar de assuntos no SIMAS, Assembleia Municipal ou na Biblioteca de Oeiras, já podem estacionar no novo parque, que estava desaproveitado por um “erro de projeto” na construção inicial.

O parque de estacionamento dos SIMAS de Oeiras e Amadora, na Rua do Chafariz, em Oeiras, foi hoje inaugurado pelo presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, no dia 31 de março. Este novo espaço, gerido pela Parques Tejo, visou alargar e requalificar a oferta de estacionamento à população numa zona onde se regista uma densidade populacional assinalável, bem como a localização de equipamentos camarários, como a sede do edifício dos SIMAS, a biblioteca municipal e a Assembleia Municipal. O novo parque de estacionamento vai ter 130 lugares, em vez dos 68 que já existiam no mesmo espaço.

O presidente da Parques Tejo, Rui Rei, considerou que a abertura formal, “ao usufruto para a população”, do novo parque dos SIMAS vai ser uma mais-valia na reorganização do estacionamento na área. “A população que mora nesta zona ou que se desloca para aceder aos espaços municipais que há aqui, passa a ter uma nova oferta de estacionamento que permite usar os serviços públicos comodamente”. Ao mesmo tempo, a abertura do estacionamento dos SIMAS, “permite que possa ser usado pelos moradores” numa zona em que o estacionamento “é escasso” e que pode ser utilizado durante o dia, mas também no horário noturno. Rui Rei divulgou que, até ao dia da inauguração, a Parques Tejo já tinha recebido 15 pedidos de estacionamento de moradores, o que demonstra que a obra “é uma normalização de uma entrega do espaço público à população”.

A Câmara de Oeiras investiu 100 mil euros na restruturação do parque, mas Isaltino Morais anotou que o parque antigo já estava a necessitar de ser restruturado há um quarto de século, uma vez que a forma como foi projetado dificultava as manobras dos automóveis dentro do espaço. “Na realidade, foram aqui investidos 100 mil euros, mas esse dinheiro foi para tornar funcional o parque, que é um ativo que vale 2 milhões de euros, mas que esteve parado durante 25 anos. Durante muitos anos, pensámos como poderíamos alterar a construção do parque, porque houve um erro de projeto na execução deste parque de estacionamento, que tornava difíceis as manobras dentro do parque de estacionamento”, ou seja, o antigo parque era um equipamento em claro subaproveitamento.

Resolução do problema do “ovo de Colombo”

Isaltino Morais considerou que, graças à “criatividade” da Parques Tejo, se resolveu “um ovo de Colombo”, que, afinal, consistia tão só no “corte de uma placa do muro” que impedia os condutores de fazerem as manobras convenientemente. “Ao ser realizado esse pequeno corte na parede, passou a ser permitido manobrar os carros”, o que significa uma nova operacionalidade de um espaço que estava subaproveitado, e que “tanta falta fazia para utilizadores dos serviços municipais e aos moradores”.

Esta inauguração, diz o presidente da Câmara de Oeiras, entronca na necessidade “mais lata” de o concelho disponibilizar “mais espaço público” destinado ao ordenamento do trânsito. Até porque Oeiras é um dos municípios portugueses mais desenvolvidos, e “com mais carros”, do país. E, “ao ter uma população com poder de compra”, em que a realidade socioeconómica permite que cada família “tenha dois ou três carros”, necessita de “respostas” para os munícipes não terem que estacionar “anarquicamente” e “em cima dos passeios”.


Isaltino Morais sustenta que, ao contrário daquilo que “os fundamentalistas do ambiente” dizem, os automóveis “não podem desaparecer” de “um momento para o outro”.

Na perspetiva do edil, até a meados dos anos 80, a generalidade dos prédios de Portugal, “só tinham um lugar de estacionamento por cada fogo” e o estacionamento “era feito na rua”. E se as pessoas tiverem dois ou três carros onde é que estacionam? “Em cima do passeio”, respondeu.

Depois de apresentar o quadro da mobilidade no concelho, Isaltino Morais defendeu que é necessário “dotar as nossas localidades com estacionamento”. E, portanto, importa aumentar a oferta de estacionamento público para responder às necessidades da população.

“Recentemente, adquirimos um parque de estacionamento no Dafundo, onde é muito difícil construir lugares de estacionamento, e a Câmara Municipal investiu 2 milhões de euros. Ao longo deste mandato já criámos mais 1000 lugares de estacionamento, que ultrapassa aquilo que tínhamos projetado para este mandato”, revelou, acrescentando que estão já projetados novos espaços de estacionamento para o concelho.

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