A Câmara de Loures registou mais de 500 ocorrências, nas quais estiveram envolvidos 522 operacionais, e, por isso, ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil durante a madrugada. Este plano, explica a autarquia presidida por Ricardo Leão, terá a dotação orçamental de um milhão de euros, “para fazer face a despesas urgentes e inadiáveis, para empreitadas e aquisições de serviços, designadamente aluguer de maquinaria essencial para a remoção dos destroços das árvores das vias”.
A Câmara de Loures ativou o plano municipal de emergência e proteção civil de 1 milhão de euros após a tempestade Martinho, revelou o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão.
“Na sequência das ocorrências que se verificaram no nosso concelho, decidi acionar o plano municipal de emergência e proteção civil para fazermos uma intervenção mais rápida e mais eficaz na resolução dos problemas”, afirma o autarca de Loures.
O concelho registou mais de 500 ocorrências provocadas, sobretudo, pelo vento forte, nomeadamente queda de árvores e de placards de publicidade.
“Agora, é necessário fazer a remoção das árvores que ainda não foram recolhidas. A prioridade foi desobstruir todas as vias durante a madrugada. Estão ainda três estradas municipais por desobstruir”, adianta Ricardo Leão.
Num total de 81 escolas no concelho, foram registadas ocorrências em 32 e quatro estão encerradas. “Com este plano de emergência municipal vamos conseguir abri-las entre sexta-feira e segunda-feira”, sublinha o autarca.
IKEA “ficou” sem A
O mau tempo, particularmente o vento forte da última noite, provocou também estragos na fachada da loja da cadeia sueca IKEA, em Loures. A última letra, de tamanho gigante, do nome da marca (o “A”) acabou por ser arrancada pelo vento.
No Instagram, o IKEA aproveitou a situação para, em tom divertido, abordar a forma como as pessoas se referem à marca. Uns dizem “IKEÁ” e outros “IKEIA”. No entanto — com apenas três letras a resistirem depois da passagem da tempestade Martinho — a tarefa fica facilitada, conclui a empresa.
“IKEÁ ou IKEIA? Hoje é…”, pode ler-se na publicação. “O vento da madrugada levantou as dúvidas de sempre“, escreveu também a empresa. Esta não é, contudo, a primeira vez que o IKEA faz uso de um acontecimento da atualidade para fazer marketing em proveito próprio.
Já em janeiro do ano passado, o IKEA lançou uma campanha publicitária aproveitando os acontecimentos em torno da Operação Influencer. A cadeia sueca apresentava uma estante como “boa para guardar livros”, ou, em alternativa, “75.800€”, uma referência à operação judicial e à quantia em dinheiro vivo descoberta no gabinete de Vítor Escária, o então chefe de gabinete do ex-primeiro-ministro António Costa.