O Conselho Municipal de Segurança do Município de Lisboa reuniu-se no dia 8 para discutir o estado da segurança na cidade. Para reforçar a segurança na capital, pretende-se o regresso dos guardas-noturnos e o aumento dos efetivos da polícia.
Na reunião – convocada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, com a presença do vereador Rui Cordeiro, do comandante metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP), superintendente Luís Elias, e do comandante da Polícia Municipal (PM), superintendente José Carvalho Figueira – foram abordadas as recentes ações conjuntas destas forças policiais, com patrulhas mistas nos parques florestais. A medida visa reforçar a segurança nestas áreas garantindo um policiamento de proximidade da população.
“Os problemas existem e temos de atuar sobre eles. Quando há queixas concretas, a resposta tem de ser imediata”, assinalou Carlos Moedas, acrescentando que a PSP “tem feito um trabalho extraordinário nesse sentido, com operações que já resultaram em várias detenções”.
Regresso dos guardas-noturnos
Uma das decisões anunciadas prende-se com a criação de um regulamento municipal que prevê o regresso dos guardas-noturnos à cidade. “Lisboa vai voltar a ter guardas-noturnos. É um passo essencial para reforçar a segurança e a proximidade com a população”, afirmou Carlos Moedas. A autarquia aguarda agora a portaria do ministério da Administração Interna para possibilitar a formação destes profissionais pela PSP. O objetivo é ter, numa fase inicial, 56 guardas-noturnos ativos na cidade.
Na área da videoproteção, foram instaladas recentemente 30 câmaras no Cais do Sodré, estando em curso a instalação de mais equipamentos no Campo das Cebolas. O Município solicitou ao Governo autorização para expandir este sistema a zonas como Martim Moniz, Arroios, Avenida da Liberdade e São Domingos de Benfica, uma medida “essencial para garantir mais segurança aos lisboetas”, sublinhou o autarca.
Aumento dos efetivos da PM
Carlos Moedas reforçou, ainda, a necessidade de aumentar os efetivos da PM e da PSP, sublinhando que a segurança da cidade “depende da presença visível das forças de segurança nas ruas”. Neste sentido, o autarca reiterou o seu pedido à administração central para o aumento do contingente policial em Lisboa, defendendo a contratação de pelo menos mais 200 agentes municipais.”
Para o autarca, Lisboa “é uma cidade segura” mas essa segurança “tem que ser trabalhada todos os dias”, afirmou Carlos Moedas, realçando o trabalho conjunto da CML, PM e PSP.
O conselho municipal de segurança visa, entre outros objetivos, o “aprofundamento do conhecimento da situação de segurança na área do município, através da consulta entre todas as entidades que o constituem”, e a apresentação de “propostas de solução para os problemas de marginalidade e segurança dos cidadãos”.
Foto: CML | Ana Luísa Alvim