Uma “tromba de água” muito forte e repentina que se fez sentir no sábado à tarde em Odivelas, Loures e outras zonas da grande Lisboa, provocou um verdadeiro caos nestes dois concelhos. Na estrada nº 8, que liga a Póvoa de Santo Adrião a Loures, várias pessoas ficaram retidas dentro dos carros durante horas devido à subida repentina do caudal de água da ribeira de Odivelas.
O comandante sub-regional da Proteção Civil da Grande Lisboa, Hugo Santos, confirmou à Lusa que a chuva forte provocou o galgamento da ribeira de Odivelas, afluente do rio Trancão, na zona da Flamenga, levando à interdição da circulação rodoviária e à necessidade de retirar algumas pessoas dentro dos seus carros.
Hugo Santos, citado pelo “Jornal de Notícias”, disse que a chuva forte provocou o galgamento da ribeira de Odivelas, afluente do rio Trancão, na zona da Flamenga, levando à interdição da circulação rodoviária e à necessidade de retirar algumas pessoas dentro dos seus carros.
O comando sub-regional da Grande Lisboa da Proteção Civil registou cerca de 120 ocorrências entre as 12:00 e as 20:00 de ontem devido à chuva intensa nos concelhos de Loures e Odivelas.
“Registámos cerca de 120 ocorrências. Os números ainda não estão fechados porque os meios ainda estão no terreno”, informou o mesmo comando, indicando que as incidências registadas obrigaram a uma operação que envolveu cerca de 400 homens e 96 viaturas dos bombeiros e serviços municipais da Proteção Civil.
A mesma fonte referiu que “as ocorrências foram todas ao nível de inundações em vias públicas ou domicílios”, sem registo de feridos.
Metro de Odivelas esteve encerrado
A chuva forte obrigou ao encerramento da estação de Metro do Sr. do Roubado, em Odivelas, desde as 14h222, entretanto reaberta, devido à inundação da estação ter sido provocada pelo facto de “os arruamentos envolventes à estação Odivelas do Metropolitano de Lisboa debitassem uma grande quantidade de água para o interior dessa estação”, disse o Metropolitano de Lisboa ao nosso jornal, através de comunicado.
Segundo o ML, os bombeiros e os serviços do Metropolitano de Lisboa estiverem a proceder a trabalhos de bombeamento da água no exterior e no interior da estação e à verificação e reposição das condições para que a estação pudesse operar.
Alguns dos condutores que ficarem retidos dentro dos carros na estrada nº 8, descreveram a situação vivida nas redes sociais como “algo nunca visto” e os momentos de pânico até serem evacuados pelas equipas da Proteção Civil.
Um morador observa que o “excesso de solos ‘ocupados’ pelo cimento, sem terra, sem árvores, a água não é absorvida pela terra. A culpa é do homem, que destrói a natureza, e não aprende…”
Fotos: BVOdivelas e BVCamarate