Crise habitacional “exige solução governamental”, sustentam autarcas da Grande Lisboa

O agravamento da precariedade habitacional, a competitividade da AML no contexto nacional e internacional e a promoção de investimento à escala metropolitana foram temas em destaque na última reunião do conselho metropolitano de Lisboa, que se realizou recentemente.

A Área Metropolitana de Lisboa (AML) está a realizar um estudo sobre os desafios da competitividade e internacionalização da região, tendo em conta a sua dimensão estratégica para todo o país. O estudo foi apresentado no conselho metropolitano de Lisboa aos autarcas da região, que se uniram, de forma consensual, na necessidade de consolidar uma abordagem metropolitana para a promoção e atração de investimento direto estrangeiro.

“A proatividade na abordagem metropolitana à captação destes investimentos, a articulação efetiva e consolidação de laços de confiança entre as diversas entidades envolvidas para o desenvolvimento de projetos, a promoção de um sistema de monitorização dos processos de captação de investimento e a gestão de uma imagem comum são alguns dos aspetos apontados como essenciais para melhorar a competitividade e internacionalização da área metropolitana de Lisboa”, sustenta a AML.

De forma unânime, a comissão executiva da AML, os autarcas e os autores do estudo consideram que a região precisa de um desenvolvimento “mais robusto e sustentável” e que esse desenvolvimento é um contributo importante para o todo nacional.

Audiência com o Presidente da República

Os autarcas da AML tomaram uma posição de unanimidade e vão solicitar uma audiência ao Presidente da República e uma reunião com o governo, como consequência do “agravamento da precariedade habitacional, impulsionado pela intensificação da crise da habitação e pelo ressurgimento deste fenómeno da autoconstrução informal em terrenos públicos e privados”.

A tomada de posição defende que se torna “imperativo analisar todas as potenciais soluções para mitigar o fenómeno de construções ilegais, sob pena de termos novamente situações como as que se viveram na década de 90”.

 

Os Municípios defendem, por isso, que, apesar do trabalho feito pelas autarquias nesta área, o aumento generalizado dos preços no mercado imobiliário e as dificuldades das pessoas em aceder ou manter uma habitação “comprometem seriamente o direito à habitação”.

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