Dez famílias da UFSSB receberam prémios pelo seu empenho ambiental.

Dez famílias de Santa Iria da Azóia, São João da Talha e Bobadela receberam os prémios relativos às boas práticas ambientais e foram reconhecidas com prémios ligados à mobilidade suave.

A junta da União de Freguesias de Santa Iria da Azóia, São João da Talha e Bobadela realizou a cerimónia de entrega dos prémios do Concurso Eco-Famílias XXI 2025, promovido pela ABAAE, Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação, em parceria com a autarquia, no passado dia 17 de abril.

Dez famílias da freguesia de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela foram distinguidas na cerimónia do Concurso Eco-Famílias XXI 2024, promovido pela junta de Freguesia em parceria com a ABAAE. Estas famílias destacaram-se pelas suas boas práticas ambientais e foram reconhecidas com prémios ligados à mobilidade suave e à sustentabilidade – bicicletas e trotinetes no valor de 5 mil euros. Os prémios foram adquiridos no comércio local.

A sessão decorreu no passado dia 17 de abril, na Loja da Esquina – Ponto Já, em São João da Talha, e teve como objetivo reconhecer e valorizar o contributo das famílias para a sustentabilidade ambiental local. A entrega dos prémios contou com a presença do presidente da junta, Pedro Gonçalves, e do assessor José Ramalho, em representação da Câmara Municipal de Loures.

De acordo com o presidente da junta da UFSSB, Pedro Gonçalves, a iniciativa pretende inspirar mais famílias a adotarem hábitos sustentáveis, reforçando o papel ativo da comunidade na construção de um futuro mais verde e participativo.

Pedro Gonçalves agradeceu o empenho dos participantes na promoção das boas práticas ecológicas e lembrou que a “sustentabilidade começa em casa”. Recordou que o concelho de Loures “está a viver uma verdadeira transição ecológica”, a construir um caminho de sustentabilidade.


O Município de Loures, representado por José Ramalho, apresentou quatro projetos estruturantes nesta área: expansão da rede de carregamento para veículos elétricos (53 postos de carregamento), criação do novo Parque Verde de Loures, chegada da linha Violeta do Metro e implementação da linha urbana 6E na Frente Ribeirinha.

Pedro Gonçalves defendeu que o novo Parque Verde de Loures vai representar o “encontro entre a natureza e comunidade”, criando uma nova interação que está de acordo com a promoção de estilos de vida mais saudáveis e sustentáveis no território.

Bicicletas elétricas para a PSP e Bombeiros

De resto, o autarca garantiu que as preocupações ambientais estão no centro das decisões políticas da UFSSB e deu como exemplo a compra de duas bicicletas elétricas para o patrulhamento da PSP e outras duas para os Bombeiros. Pedro Gonçalves revelou que a UFSSB “é uma freguesia modelo” em termos de práticas ambientais no concelho de Loures e acrescentou que está em equação a compra de mais duas bicicletas para a PSP, bem como mais duas aos Bombeiros, para agilizar a ação de ambas as forças, isto é, para que “cheguem mais rápido às ocorrências”.

Durante o evento, foram destacadas várias iniciativas sustentáveis levadas a cabo pelas famílias vencedoras, desde a separação de resíduos à reutilização de água e redução do consumo energético.

A cerimónia foi um acontecimento informal, sendo o propósito retirar a carga solene de uma sessão mais convencional, até porque as crianças presentes necessitavam de estar descontraídas, sentindo-se, assim, mais incluídas, segundo Pedro Gonçalves. As famílias foram convidadas a partilharem as suas experiências de preservação do meio ambiente no quotidiano familiar.

Exemplos a serem seguidos

Dentre os vários exemplos partilhados pelas famílias premiadas, destacaram-se os pequenos gestos do dia a dia que ajudam na preservação do planeta, mas que representam “muito” para uma vida em harmonia com a natureza. Uma freguesa explicou que a sua família, para além de reaproveitar a água do chuveiro no autoclismo, o marido partilha carro com dois colegas para se deslocarem para o trabalho. Outra família revelou que reaproveita a água da chuva para regar a horta, bem como os restos de café ou as cascas dos ovos, que reutilizam como fertilizantes.

Uma outra freguesa explicou que os trajetos de casa para a escola – dois quilómetros para cada lado – para levar a filha às aulas “são feitos a pé”. “A minha filha adora ir a pé para a escola. Aproveitamos para conversar e ainda fazemos algum exercício físico”, defendeu.

A maioria dos moradores sublinhou que as crianças “são as grandes defensoras do ambiente” e que é graças a eles que os pais vão interiorizando os comportamentos mais sustentáveis. Mas nem todos os moradores estarão alinhados neste diapasão. Uma das moradoras frisou que “há ainda muita gente egoísta e preguiçosa”, que não tem respeito nem civilidade para seguir as boas práticas ambientais.

“Há uns vizinhos meus que depositam os garrafões de água no ecoponto. Só que se esquecem de os comprimir, para não ocuparem espaço desnecessário. Nessas ocasiões, faço questão de os tirar do ecoponto. Meto o meu lixo. Faço questão de fazer (muito) barulho a comprimi-los… é para toda a gente ouvir que estou a fazer algo que deveria ter sido feito por outros. Faço imenso barulho para ver se ganham vergonha”, atirou.

Requalificação da Nacional 10

Pedro Gonçalves aproveitou para anunciar que está prevista a requalificação da estrada Nacional 10, onde ocorrem “muitos acidentes”, estando projetada uma intervenção que visa “aumentar a segurança” naquela via. O autarca explicou que a Nacional 10 vai ser alvo de uma intervenção que prevê a construção de uma ciclovia, mais iluminação e uma via para o trânsito pedestre.

E explicou ainda que está em fase de estudo a “proibição” de bicicletas e trotinetes no passadiço que atravessa a UFSSB com vista a melhorar a segurança dos transeuntes que queiram utilizar o passadiço “sem medo” de serem atropelados por algum destes meios de transporte.

Por sugestão de alguns fregueses, Pedro Gonçalves admitiu reconverter o caminho de terra batida que corre paralelo ao passadiço para a circulação de bicicletas e outros veículos elétricos, sendo o objetivo “devolver” o passadiço à circulação pedestre.

Segundo o autarca, esta medida iria “reaproximar” as populações da frente ribeirinha, que é um dos objetivos da junta de freguesia.

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