“Morreu um homem bom, um homem do Povo” que, ainda este domingo de Páscoa, se despediu de todos nós, na varanda da Basílica de São Pedro, no Vaticano, para dar a tradicional bênção “Urbi et Orbi”. O Papa Francisco, sentado na cadeira de rodas, desejou uma “Boa Páscoa” e pediu ao mestre de cerimónias que lesse a sua mensagem de Páscoa perante as 35 mil pessoas presentes na praça de São Pedro.
O Papa Francisco, líder da Igreja Católica desde 2013, morreu nesta segunda-feira aos 88 anos, às 07:35 (06:35). A informação foi avançada pelo Vaticano, através do cardeal Kevin Ferrell.
“Às 07:35 desta manhã (06:35 em Lisboa), o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja”, disse Farrell no anúncio.
O Papa Francisco tinha 88 anos e esteve internado durante várias semanas devido a uma pneumonia bilateral. Tinha regressado há poucos dias ao Vaticano. Este domingo de Páscoa veio à janela da basílica de São Pedro para a bênção Urbi et Orbi.
A notícia foi anunciada pelo Vaticano diretamente da Capela da Casa Santa Marta, com as seguintes palavras: “Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja.”
Jorge Mario Bergoglio nasceu no dia 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, na Argentina, e foi o escolhido para suceder ao cardeal Joseph Ratzinger (Bento XVI) na liderança da Igreja Católica, em Março de 2013. Nessa altura, Francisco tornou-se o primeiro jesuíta na liderança de uma Igreja que soma mais de mil milhões de fiéis.
Três hospitalizações
O estado de saúde de Francisco era frágil há vários anos, tendo-o levado a pelo menos três hospitalizações desde 2023. No último mês, o Vaticano informou que o Papa começou por receber cuidados médicos devido a uma infeção respiratória (pneumonia bilateral) que se agravou progressivamente. Entretanto, teve uma crise de asma, uma infeção renal, o seu estado passou de “crítico” com “prognóstico reservado” a “complexo”, com melhorias pontuais.
Apesar da sua condição debilitada, manteve-se ativo até ao limite das suas forças, participando, sempre que possível, nas audiências e cerimónias religiosas. Num dos últimos domingos foi o cardeal português Tolentino de Mendonça a liderar a oração do Angelus, uma decisão tomada por Francisco.
Nos próximos dias decorrerão as cerimónias fúnebres, seguindo o protocolo tradicional para a morte de um Papa. O corpo de Francisco será velado na Basílica de São Pedro antes do funeral, que deverá contar com a presença de dignitários de todo o mundo. Enquanto se inicia o período de luto, o Colégio dos Cardeais prepara-se para o conclave que elegerá o próximo sucessor de São Pedro.