Num momento de incertezas e de “forte crispação social” em Portugal e no mundo, a presidente da Assembleia Municipal de Loures lembrou a necessidade de o sonho de Abril continuar a ser “regado”, fomentando a participação cívica que mantenha os alicerces da democracia de pé.
Promovida pela Assembleia Municipal de Loures, realizou-se no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, uma sessão solene para comemorar os 51 anos do 25 de Abril.
A sessão teve início com um momento cultural, a cargo das “Estátuas do Silêncio”, seguindo-se a aprovação de um voto de pesar pela morte do Papa Francisco (já noticiado pelo “Olhares de Lisboa” no mesmo dia) e as intervenções dos representantes dos partidos com assento na Assembleia Municipal.
No final, ainda houve tempo para a visualização do vídeo “25 de Abril/25 ideias jovens para o futuro”. Na ocasião, a presidente da Assembleia Municipal, destacou que “as frases e pensamentos que acabamos de ouvir evidenciam que a grande maioria destes jovens se afirmam como herdeiros da liberdade e de um Abril que pulsa democracia e igualdade”.
Cumprir Abril
A presidente da Assembleia Municipal lembrou o facto de a celebração do 25 de Abril estar a ser realizada, este ano, “a escassas semanas de eleições antecipadas, num ambiente nacional de forte crispação e tensões e num quadro geopolítico de incerteza, imprevisibilidade, de guerras e conflitos armados”.
A deputada socialista e ex-presidente da Câmara Municipal de Odivelas sublinhou ainda que a “obra” do 25 de Abril necessita de continuar a ser “regada”, pois muito falta ainda por cumprir. Em Portugal, “não ignoramos o muito que há ainda para fazer para termos o país que desejamos e merecemos”, até porque “a liberdade e a democracia são sempre obras inacabadas”.
