O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, participou no lançamento da primeira pedra de um futuro edifício de habitação, com renda acessível, na Estrada de Benfica, na freguesia de São Domingos de Benfica, no dia 15 de abril.
Esta obra, sustentou Carlos Moedas, reforça a oferta habitacional na cidade de Lisboa, com mais 27 fogos, por via da reabilitação do património edificado da CML num espaço que estava ao abandono há mais 20 anos, segundo o arquiteto Manuel Abílio, da CML, que adiantou que o novo prédio “tem de estar pronta até ao final de 2026”, porque vai ser construído ao abrigo do PRR Habitação.
O edil começou por agradecer a toda a equipa da Habitação da CML, com especial para a vereadora Filipa Roseta e o arquiteto Manuel Abílio, que realizam um “trabalho de filigrana” na construção dos novos bairros e na reabilitação edifícios antigos de Lisboa. “Este caminho de concretização da habitação tem três anos, graças à visão da vereadora Filipa Roseta, e ao trabalho de toda a equipa da Habitação. Nestes três anos, já conseguimos entregar mais de 2500 chaves”, sendo que 1800 “foram entregues graças ao trabalho da Gebalis, porque conseguimos recuperar 1800 casas que estavam abandonadas e reabilitámos mais de 600 novas casas”.
Apoios para os jovens da classe média
Carlos Moedas lembrou que o Executivo já entregou 2500 chaves e que está a ajudar a pagar a renda a mais 1200 pessoas. “Esse arrendamento acessível é parte desse caminho, porque, se olharmos para aquilo que entregámos, metade foi ao abrigo do programa de renda apoiada, ou seja, pessoas que estão numa situação muito vulnerável, mas a outra metade foi para jovens profissionais, professores, polícias, médicos e enfermeiros, que não têm capacidade para pagar uma renda em Lisboa”, recordou, acrescentando que a renda acessível para “muitos jovens”, ajuda a que uma faixa da população de classe média aceda ao mercado imobiliário. “Estamos a falar de pessoas que têm a sua profissão, mas que já não conseguem pagar as rendas na cidade. É isto que queremos continuar a fazer. É assim que vamos fazer cidade”, concluiu.
Dar respostas às pessoas que vivem em Lisboa
Em declarações ao “Olhares de Lisboa”, o presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, José da Câmara, manifestou o seu agrado pela criação de um bloco de apartamentos, “de qualidade” e “com renda acessível” na freguesia, numa altura em que o acesso à habitação em Lisboa “está tão dificultado”. “A cidade precisa de mais casas para que os preços consigam baixar – isso é inevitável. Esta obra, em que serão criadas novas 27 habitações de renda acessível, dará o seu contributo para proporcionar condições de vida a 27 famílias de lisboetas, o que é de louvar”, defende.
José da Câmara, que foi eleito pela coligação de direita Novos Tempos, aproveitou para enaltecer o papel do executivo de Carlos Moedas, “que está a fazer um trabalho notável na área da habitação”, e tem tido um “papel preponderante” na entrega de chaves a “munícipes que não conseguem aceder ao mercado imobiliário”.
O autarca de Benfica, de resto, defende que o direito à habitação é um direito fundamental, mas que está a ser “cumprido” pelo atual executivo. “Carlos Moedas está a fazer um excelente trabalho e a construir o caminho certo. Acho que cada lisboeta, ou pessoa que venha viver para Lisboa, tem direito a ter a sua casa. Temos de dar uma resposta às pessoas que vivem na cidade, mas tem de ser uma resposta exequível, que as pessoas possam pagar”.
O presidente de junta continua a acreditar que a freguesia de Benfica possa aumentar a oferta da habitação municipal, até porque revela que está em “contato constante” com a vereadora Filipa Roseta no sentido de ajudar a resolver os problemas da habitação na freguesia. “A vereadora Roseta é uma pessoa extraordinária e muita atenta aos problemas sociais da cidade. O presidente de junta não tem competências no assunto, mas tem um papel de pedir mais e melhor para os fregueses de São Domingos de Benfica”, assevera.
Para o autarca, São Domingos de Benfica “é uma freguesia que é das mais agradáveis de Lisboa: somos ‘banhados’ pelo Parque de Monsanto, temos espaço, ruas largas, é uma freguesia muito simpática para se viver”, mas há casas que “vão ficando velhas e têm de ser transformadas, que precisam de ser melhoradas e necessitam de um olhar técnico e profissional para as poder reabilitar”, explica.
Os novos 27 apartamentos vão custar 4,5 milhões de euros e terão de estar prontos em 2025.