A Câmara de Lisboa assinalou os 630 anos do Regimento de Sapadores Bombeiros, numa cerimónia no Terreiro do Paço. Carlos Moedas lembrou a coragem e o sacrifício dos homens e mulheres que têm feito a história de uma instituição com mais de seis séculos.
A cerimónia decorreu no Terreiro do Paço, no dia 19 de maio, com um desfile de forças em parada e veículos motorizados, com a presença do comandante do RSBL, Alexandre Rodrigues, e do presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), José Manuel Moura, assim como de vereadores da Câmara de Lisboa e de deputados da Assembleia Municipal.
“Foi em 1395 que nasceu a primeira corporação organizada de bombeiros do nosso país. O embrião do que hoje é o Regimento de Sapadores Bombeiros não foi por acaso. Lisboa sempre soube que o seu desenvolvimento dependia da sua proteção e, por isso, dependia de quem a protege. E é essa proteção, feita de coragem, de sacrifício e humanidade, que hoje celebramos”, afirmou Carlos Moedas, no seu discurso na cerimónia dos 630 anos do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSBL).
Formação é “pilar essencial”
O comandante do RSB, Alexandre Rodrigues, apontou a formação como um “pilar essencial” da instituição: “Queremos fazer mais e melhor neste campo da formação, porque entendemos ser uma estratégia para um serviço operacional de referência nacional”.
Constituído por 1 004 homens e mulheres operacionais, revelou, a formação no regimento totalizou “mais de 5 000 horas de formação, a formandos bombeiros sapadores, bombeiros voluntários e outros agentes de proteção civil”.
Olhando para o futuro, o RSB aposta em novas ferramentas analíticas “para o apoio ao processo de decisão”, e no reforço, ainda este ano, dos Desfibrilhadores Automáticos Externos nos edifícios municipais e espaços públicos, para “garantir uma melhor prestação de socorro aos munícipes e visitantes de Lisboa”.
O “embrião” do atual RSB, nascido em 1395, disse Carlos Moedas, reafirma os valores do seu legado, da “força de 630 anos de história”.A preparação, e o exemplo de serviço, foram valores salientados pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, lembrando as inúmeras intervenções dos operacionais do RSB, na cidade, mas também no país, e no estrangeiro.
“Esta é uma ocasião para recordar que as instituições são os pilares invisíveis que sustentam a civilização”, sublinhou. Para Moedas, os bombeiros sapadores “são a instituição que sustenta a nossa cidade”.
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