Durante três dias, o Beato vai trazer uma viagem até à Época Medieval

A Mata da Madre de Deus, na freguesia do Beato, recebe, neste fim-de-semana, dias 27 a 29 de junho, a Feira Medieval do Beato. Durante três dias, e com entrada livre, os visitantes podem viajar até à Época Medieval. 

A partir desta sexta-feira, 27 de junho, e até ao próximo domingo, quem passar pela Mata da Madre de Deus, na freguesia lisboeta do Beato, irá encontrar uma verdadeira viagem no tempo até à Época Medieval. A Feira Medieval do Beato, que já acontece desde 2015, está de volta, e traz muita diversão, artesanato e gastronomia para os visitantes.

“A ideia é fazermos uma viagem ao passado, e, portanto, para além de grupos com música da época, vamos ter também grupos de teatro de rua a fazer aqui alguns quadros de histórias passadas da época medieval”, explicou ao Olhares de Lisboa o presidente da Junta de Freguesia do Beato, Silvino Correia, durante a inauguração do evento, que contou ainda com a presença da candidata do PS à Câmara de Lisboa, Alexandra Leitão.

“Amanhã à noite [dia 28], vamos ter aqui um espetáculo de fogo com os Fire Dragons, que é sempre um momento muito alto da feira e que as pessoas adoram. Queremos conjugar a parte da cultura e dos restaurantes que cá estão, para que, durante estes três dias, exista aqui um ambiente fantástico para que as pessoas gostem de cá vir”, acrescentou o autarca. No total, existem cerca de 14 expositores, distribuídos entre artesanato e gastronomia. As associações da freguesia também estão presentes neste certame, de forma a dar a conhecer o seu trabalho na comunidade.

“Estamos à espera de entre a cinco mil a 7500 visitantes, o que é um número bastante aceitável. Não são os mesmos números do que um festival de verão, como é evidente, mas [para um evento desta dimensão] vem cá muita gente. O dia mais forte costuma ser o sábado ao fim da tarde e à noite”. Durante três dias, haverá ainda animação de rua itinerante, Rábulas e Estórias, Música e Dança, mas também jogos e brincadeiras para toda a família, entre outras atividades.

Executivo quer manter o evento na Madre de Deus

“Esta feira quando começou, em 2015, e na altura foi das primeiras do género em Lisboa, dizia-se que não ia vingar, mas logo no primeiro ano teve muito sucesso, porque as pessoas estavam ávidas de perceber se isto resultava ou não dentro da cidade, porque aquela pessoa que ia à Feira de Óbidos, ou a Silves, ou Santa Maria da Feira, pensava que este modelo provavelmente era difícil de trazer para a cidade”, acrescentou o presidente da Junta do Beato, que faz um balanço muito positivo destes últimos 10 anos do evento. “Temos a sorte de ter este enquadramento fantástico com estas árvores, com este relvado, e que nos ajuda a ter aqui zonas de sombra, para que as pessoas possam estar aqui à vontade”.


“Quisemos mudar o modelo [da feira] em 2016, ano em fizemos uma feira seiscentista, e em 2017 fizemos uma feira setecentista, no entanto, trouxe alguns problemas, em termos de guarda-roupa ou de encontrar os quadros históricos, e então em 2018 voltámos ao figurino inicial e voltámos a promover a Feira Medieval. A ideia é mantermos este figurino”, assegura Silvino Correia, que não perspetiva um aumento do tamanho deste certame.

“Para aumentar a feira, temos que a tirar daqui para outro lado, e perde um bocado o enquadramento que aqui tem. Estamos num espaço central da freguesia, esta rua já não tem circulação automóvel, e portanto não tivemos que fechar nenhuma rua, o que se junta o facto de que estamos num bairro mais calmo. Temos também um espaço que está sobre a gestão da junta, e que serve de apoio para tudo o que é logística, nomeadamente as nossas casas de banho, que são geridas por nós e estão sempre limpinhas e cuidadas durante os dias da feira”.

Continuar a apostar na Cultura

Silvino Correia é presidente da Junta do Beato há oito anos, estando a cumprir o segundo mandato à frente desta autarquia, e o balanço que faz é de que “ainda há muita coisa ainda para fazer na Cultura. Temos a sorte de ter um teatro na nossa freguesia, o que é importante, e vamos fazendo estes eventos e outros, mas há muito por fazer. Considero que a Cultura tem sido, ao longo dos últimos anos, o parente pobre na perspetiva daquilo que são os gastos que a sociedade tem. Nós [na freguesia] vamos tentando dar apoio aos clubes e às associações”.

“Este ano, tivemos a nossa marcha de volta à Avenida, mas já há muitos anos que temos apoiado a Marcha Infantil do Beato e isso não é apenas apoiar a coletividade que organiza a marcha. Estamos a apoiar, com esse apoio, as tradições e a sua continuidade, mas também a aumentar a disseminação da cultura dentro da nossa população. Temos de fazer eventos que a população goste e que se adaptem a eles”, concluíu o presidente da Junta de Freguesia do Beato.

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