Confraternização dos trabalhadores dos SIMAS juntou toda a equipa num almoço nas instalações de Leceia. A administração revela que a iniciativa teve o objetivo de reconhecer o papel “extremamente relevante” do “braço armado” da administração.
A administração dos SIMAS preparou um almoço de confraternização para os 370 trabalhadores desta empresa municipal. Sob o mote das celebrações dos Santos Populares, o convívio teve lugar numa das garagens das instalações dos SIMAS em Leceia, onde a equipa comeu um repasto alusivo às festas. Não faltaram as sardinhas, o caldo verde e as bifanas, mas, ao contrário do ano passado, desta vez não foi o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, a preparar a refeição.
Em declarações ao “Olhar Oeiras”, Joana Baptista, presidente do Conselho de Administração dos SIMAS, explicou que esta confraternização pretendeu evidenciar o reconhecimento da administração ao papel “extremamente relevante” dos seus trabalhadores.
“Os momentos de convívio, como este almoço, são fundamentais para as pessoas perceberem que a administração tem atenção ao pormenor, ao detalhe e ao cuidado das suas pessoas, para que eles cuidem dos nossos clientes no seu dia a dia”.
Quase 100 anos de história
Por outro lado, a iniciativa marca a contagem decrescente para a celebração dos 98 anos de história da instituição. “Estamos a poucos dias de celebrar quase um século de história, mas não vamos comemorar antecipadamente a data para não dar azar, mas não podemos ser alheios a quase um centenário de história, projetando-nos para o futuro”.
E que futuro é esse? “Estamos a falar de um futuro de concretização e de confiança na capacidade de resposta para os problemas dos nossos clientes. Os SIMAS continuam a apostar num plano estratégico da água, nos nossos reservatórios, e continuamos a insistir em termos a nossa capacidade reforçada. Vamos avançar com o projeto de termos mais um reservatório de água no concelho de Oeiras, em Queijas, para nos assegurar que a nossa estratégia está no rumo certo”.
Os SIMAS, segundo Joana Baptista, já conseguiram “grandes vitórias” em situações de “adversidade” nacional, como no apagão que parou Portugal recentemente. “Conseguimos provar que na situação ocorrida recentemente, Oeiras e Amadora foram dos poucos concelhos da área metropolitana de Lisboa que estiveram autónomos e autossuficientes. Numa altura em que falamos de políticas ambientais e de sustentabilidade, importa pôr os olhos naquilo que temos vindo a fazer”, sustenta.
Divórcio e cisão
Os SIMAS cumprem quase 100 anos, mas há um divórcio entre Oeiras e Amadora. Os divórcios deixam sempre alguns traumas, quer se queira, quer não. Mas Joana Baptista assume que a relação com a Amadora “é pautada pela máxima urbanidade e cordialidade”.
A administradora reitera, porém, que o processo de separação foi fruto de uma reação de Oeiras a uma atitude “menos correta” da Amadora. “Estamos a viver uma separação, um processo de cisão. De facto, foi o Município de Oeiras que ativou o processo formal de separação, mas, na realidade, o processo foi iniciado pela Amadora há dois anos.
Basicamente, Oeiras entendeu que não podíamos continuar a viver assim. O relacionamento institucional vai ter que mudar. E este é o momento certo para ocorrer a mudança”, sublinha.
Joana Baptista defende que a Amadora não teve uma postura transparente nesta questão. “A Amadora não teve o comportamento adequado. Aliás, foi por essa razão que Oeiras entendeu que tinha de tomar uma posição firme. Não podemos adiar decisões difíceis, que têm de ser tomadas, independentemente de estarmos a viver um ano de eleições. Toda esta situação pode causar algum desconforto aos nossos colaboradores, mas estamos a tentar pacificar a situação. Ninguém vai ficar diminuído na sua estabilidade laboral. Neste processo, Oeiras salvaguarda tudo e todos, mas não podemos adiar a separação”.
Trabalho assegurado por Oeiras
Apesar da cisão, os trabalhadores de Amadora não terão razões de apreensão ou receio de se depararem com uma indefinição no seu futuro laboral. “A partir do momento em que decidimos a separação, em reunião de Câmara e reunião da Assembleia Municipal, ficou decidido que seria iniciado o processo de negociação, mas queremos que impere a razoabilidade e o bom senso. Os trabalhadores do lado Amadora devem permanecer no seu território, assim como os de Oeiras ficam no nosso território. Importa salientar que, caso a Amadora não queira assegurar nenhum trabalhador dos SIMAS, Oeiras assegura.
Queremos que as pessoas se sintam tranquilas. Pode haver uma separação, mas Oeiras assegura os postos de trabalho de todos os trabalhadores”, reiterou.
O almoço contou ainda com uma homenagem a 30 colaboradores, com entregas de medalhas de mérito e diplomas de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido. Joana Baptista justificou a entrega dos prémios, pois “não queremos descurar o apoio aos nossos trabalhadores, que são o braço armado das políticas da administração”.