No sábado, dia 7 de junho, marcou um momento especial para o concelho de Oeiras: a celebração do Dia do Município, data que assinala a sua elevação a município e que é, por isso, carregada de simbolismo e significado para todos os oeirenses. Isaltino Morais aproveitou para relembrar que Oeiras tem sido, ao longo das últimas décadas, um exemplo de planeamento urbano, de modernização e de investimento nas pessoas.
As comemorações oficiais pelo 266º aniversário do concelho começaram pela manhã, com o tradicional hastear das bandeiras em frente aos Paços do Concelho. Este gesto solene, que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal, Isaltino Morais, e dos membros do Executivo, foi acompanhado pela interpretação do Hino Nacional, simbolizando o arranque de um dia dedicado à identidade e ao orgulho local.
Seguiu-se a Missa Solene na Igreja Matriz de Oeiras, um momento de espiritualidade e união que reuniu a comunidade numa reflexão conjunta sobre o caminho percorrido pelo concelho.
Já nos Jardins do Palácio Marquês de Pombal teve lugar a Sessão Solene, momento central das celebrações. A fadista Katia Guerreiro deu início à cerimónia com uma atuação emocionante, que criou o ambiente para uma manhã repleta de reconhecimento e celebração.
O presidente da Câmara, numa intervenção marcada pela valorização do percurso de Oeiras e pela homenagem a todos os que têm contribuído para o seu desenvolvimento sustentável, cultural e social, salientou que “alicerçados no meta-princípio da dignidade da pessoa humana, olhamos as necessidades das pessoas, seus sonhos, desejos e ambições e, naturalmente, elegemos Habitação, Educação e Ação Social como vértices de um triângulo virtuoso que nos permite ser excelentes”.
Triângulo virtuoso
Nesse triângulo, Isaltino Morais fez questão de referir que “a Habitação porque é forte, refúgio e castelo da família, o lugar no qual todos os projetos começam e sem o qual muito dificilmente há, sequer, ideia de projeto de vida. A Educação porque constitui o elemento central de construção do futuro de uma comunidade, pedra angular de qualquer sociedade que queira construir um amanhã melhor. A Educação remete para a igualdade de oportunidades, único nivelador das diferenças do ponto de partida e único real meio para vencer o elevador social que, no nosso País, continua a teimar não funcionar. Ação Social porque o apoio a quem mais precisa é o pilar que suporta as paredes da nossa comunidade. De nada vale preparar o futuro se não chegarmos até ele”.
Para o autarca oeirense, as políticas públicas de Oeiras procuram a justiça social por razões de princípio, no sentido de acreditarmos no “contrato”, mas também por pragmatismo: “a Democracia, como qualquer regime, não é um edifício concluído, necessita de reforço quotidiano e isso consegue-se com o que “entregamos” servindo”.
Claro está – do ponto de vista do autarca – que, para o desenvolvimento destas políticas públicas, é preciso o betão. “O betão que rasgou e rasga as vias de comunicação que permitiram fazer cidade, que construiu casas, esquadras de polícia e quartéis de bombeiros, creches, escolas, centros de saúde e pavilhões desportivos – que deram à cidade condições de ser comunidade”, salientou.
Do ponto de vista de Isaltino Morais, o “contrato” é a relação de confiança entre governantes e governados, lembrando que “o governante é o governado que foi escolhido para cumprir o contrato de expectativas. Não se é governante, está-se. É-se, mesmo que governante, sempre governado”.
Materialização do programa apresentado
Por isso, a implementação destas políticas é a materialização do programa sufragado. “Por essa razão sempre demos importância ao programa que é posto à apreciação dos eleitores, numa relação de verdade entre o que se propõe e o que se implementa”.
Esta nossa política de verdade, que associa à elevada formação e participação cívica dos oeirenses, o foco nas suas reais necessidades e aspirações, é, pois, o elemento fundamental para uma comunidade esclarecida, estável, justa e solidária.
Não foi por acaso que os oeirenses, ao longo dos anos, se constituíram enquanto essa comunidade. Afinal, aqui, nada nunca foi obra do acaso.
Terminamos, este ano, o segundo mandato do terceiro ciclo de desenvolvimento de Oeiras. Os sucessos alcançados, em matérias de indicadores de desenvolvimento socioeconómico e ambiental (este é, afinal, o Concelho número um em Portugal, no que respeita à aplicação dos objetivos de desenvolvimento sustentável e na adaptação às alterações climáticas), indiciam que a rota escolhida é a correta”, referiu.
Os avanços de Oeiras
A comunidade de Oeiras não é apenas aquela que tem os indicadores de escolaridade média mais elevados do País, mas é também a segunda economia nacional, logo após a capital, Lisboa.
Estes factos têm, naturalmente, a sua quota-parte na liderança do Município, mas devem-se sobretudo a quem aqui vive e trabalha: às nossas forças vivas, a quem contribui todos os dias para que sejamos melhores, acrescenta, concluindo que “continuaremos a fazer por construir aqui a mais robusta, justa e solidária comunidade deste País. Continuaremos a procurar servir.”
Como já é tradição, a cerimónia incluiu a atribuição das condecorações municipais de mérito, distinguindo cidadãos e instituições que se destacaram pelo seu contributo excecional para o concelho. Entre os homenageados, destacou-se a presença da Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, também ela uma das personalidades condecoradas, em reconhecimento do seu papel em Oeiras.
A celebração terminou de forma especial, com a atuação do Coro de Santo Amaro de Oeiras, que emocionou todos os presentes.