Papa português repousa, enfim, num local digno da sua memória.

Câmara de Lisboa inaugura obra de reconstrução do túmulo do Papa João XXI na Catedral de Viterbo, em Itália. Os restos mortais do lisboeta Pedro Hispano, o único Papa português, irão agora repousar num local digno da sua memória.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa marcou presença na cerimónia de inauguração, em Viterbo, da reconstrução da sepultura do único Papa português, João XXI, no dia 17 de junho.

A nova sepultura encontra-se na Catedral de Viterbo, Itália, numa capela nova e própria junto ao Altar Maior. Durante décadas, o local onde foi sepultado Pedro Hispano esteve num acentuado estado de degradação.

“João XXI é não apenas o único Papa português, mas um cidadão de Lisboa que transcendeu fronteiras e um homem de erudição extraordinária. Este apoio que a Câmara Municipal concedeu é um sinal da importância que João XXI tem, também, para a nossa cidade e cuja memória queremos honrar, ajudando a que o lugar do seu último repouso tenha a dignidade que merece”, salienta Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Lisboeta e figura de proa da cultura.

João XXI nasceu em Lisboa em 1215 e morreu a 20 de maio de 1277. Foi sepultado na Catedral de São Lourenço, na cidade de Viterbo, e é considerado um dos mais brilhantes eruditos do seu tempo.

Para o vice-presidente da CML, Filipe Anacoreta Correia, que representou a Autarquia na cerimónia, “Pedro Julião, um dos mais insignes lisboetas, representa a vocação universal de Lisboa – cidade para o mundo, ‘cidade do encontro’ como disse o Papa Francisco, encontro da fé, da ciência e da cultura”.


Ao longo dos séculos, a sua sepultura mudou várias vezes de lugar. Só a 28 de março de 2000, graças ao apoio da Câmara Municipal de Lisboa, a tumba de João XXI ficou junto ao altar-mor da Catedral de Viterbo, em sepultura com a inscrição “João XXI – Pontífice Máximo”, acompanhada pela descrição que dele faz Dante, na Divina Comédia – “Pedro Hispano, aquele que brilha nos seus 12 livros”.

A partir de agora está em local próprio, definitivo e digno da memória e da importância do seu legado.

Foto de capa: Universidade Nova de Lisboa

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