Alexandra Leitão, candidata socialista à Câmara de Lisboa, acusa Carlos Moedas de “atirar” sempre a responsabilidade para “cima dos outros”. Segundo a candidata socialista, Moedas é especialista em “corresponsabilizar terceiros” pelo que não fez em tempo útil. É o caso da segurança e das promessas não cumpridas em relação à Polícia Municipal.
“Fala muito de segurança, mas não agiu quando teve oportunidade”, criticou a líder da coligação “Viver Lisboa”, após ter tido uma reunião na 1ª Divisão Policial de Lisboa da PSP. Para a antiga líder parlamentar do PS e candidata socialista à autarquia lisboeta, “Lisboa precisa de medidas concretas”, nomeadamente “mais agentes da polícia municipal, mais e melhor iluminação pública”, a instalação de toda a videovigilância “já licenciada” e a regulação da “vida noturna”.
Alexandra Leitão, que pretende visitar as restantes divisões da PSP de Lisboa, defende que a pré-campanha e a campanha servem para lançar alertas e se inteirar dos problemas da cidade, onde vive há 27 anos. Por isso, aproveitou a visita para alertar que a polícia é fundamental para a segurança dos lisboetas, mas também é fundamental “darmos condições aos polícias”.
Na perspetiva da candidata socialista, apesar dos dados oficiais indicarem que houve uma diminuição da criminalidade em Lisboa, existe uma “perceção de insegurança” que é preciso combater. Do ponto de vista de Alexandra Leitão, as diferentes afirmações sobre o tema de Carlos Moedas têm contribuído para aumentar a perceção de insegurança dos lisboetas.
Quanto ao alargamento das competências da Polícia Municipal de Lisboa (P.M.), Alexandra Leitão é clara: “temos um parecer, publicado pelo Governo atual, que considera ilegais algumas ordens que foram dadas à P.M.”, salientando que “é necessário garantir que a P.M. tenha condições para cumprir a sua missão, tanto as de ordem administrativa como as de policiamento de proximidade”.
Recordando que a PM tem perdido elementos nestes últimos anos e que, neste momento, apenas tem 412 agentes, Alexandra Leitão acusa o atual presidente da autarquia de “fugir sempre à responsabilidade, desculpando-se sempre com terceiros, designadamente o legislador, o Governo, a oposição e, como não poderia deixar de ser, o anterior executivo.
“Um facto é que a culpa nunca é dele, mas nestes casos a culpa é mesmo dele, tanto em relação ao número de efetivos da polícia municipal, que não aumentou, como por não ter instalado as câmaras de videovigilância e de não regular a vida noturna lisboeta”, defendeu a candidata socialista, considerando que, com “os poucos recursos que a CML disponibilizou para a PM não vale a pena alargar as competências” desta instituição policial.