“Avenidas Hot Jazz” conquista lisboetas amantes das boas vibrações

O Festival “Avenidas Hot Jazz” é já uma marca cultural da cidade de Lisboa. Organizado pela Junta de Freguesia de Avenidas Novas, tem vindo a crescer exponencialmente e a afirmar-se como um dos eventos culturais mais relevantes, com organização independente das grandes empresas de espetáculos, na cidade de Lisboa.

Durante todos os sábados de agosto de 2025, o Jardim do Arco do Cego volta a encher-se de ritmo e das notas soltas do Jazz, mas também de boa energia. Como resultado da colaboração entre o Hot Clube e a Junta de Freguesia das Avenidas Novas, todos os sábados de agosto contam com concertos de Jazz, às 18h30.

Depois do arranque a 2 de agosto, com Mova Dreva e Katerina L’dokova, dia 9 atuou Benji’s Toolbox. No dia 16, sobe ao palco o Quinteto do Hot Clube de Portugal. No sábado seguinte, é a vez do Quinteto de Mateus Oliveira. A 30 de agosto, o ciclo fecha com NoA e Rão Kyao.

O “Avenidas Hot Jazz” é uma iniciativa promovida pela Junta de Freguesia de Avenidas Novas e conta com o apoio do Hot Clube de Portugal, o clube de Jazz mais antigo da Europa.

Democratizar a Cultura

Na edição impressa do “Olhares de Lisboa” de junho de 2005, o presidente da Junta de Freguesia de Avenidas Novas, Daniel Gonçalves, explicou que a política cultural da autarquia tem como fito “democratizar” a cultura no território, promovendo um programa cultural inclusivo e aberto a toda a comunidade.

“O objetivo destas iniciativas é fazer com que a população deixe de olhar para a cultura como algo que esteja na ‘bolha elitista’. A cultura tem de chegar a todos”.

Nesse sentido, diz o autarca, a Junta vai prosseguir com o Festival “Avenidas Hot Jazz”, fruto de uma parceria da Junta e o Hot Clube de Jazz de Lisboa, o mais antigo clube de Jazz da Europa. Este festival, realizado nos jardins do Arco do Cego, todos os sábados de agosto é já uma aposta ganha.

Participação quintuplicou

“Nos primeiros festivais, tínhamos uma média de 200 a 300 participantes. No ano passado, tivemos 1.500 pessoas, o que comprova que a cultura não é algo ‘elitista’ e tem de chegar a todos. Estes concertos, de elevada qualidade e gratuitos, podem ser vistos por qualquer pessoa, o que entronca na nossa filosofia de democratização da cultura. Estes concertos têm atraído muitas pessoas de toda a cidade e também de outros pontos, o que comprova que estamos a criar a fidelização de um público muito vasto e heterogéneo para as nossas várias iniciativas culturais”.

Criado numa época em que Portugal estava à margem de todos os grandes acontecimentos culturais que aconteciam na Europa, em pleno salazarismo, o Hot Clube de Portugal foi fundado pelo melómano e divulgador de jazz, Luiz Villas-Boas, em 1948, com o objetivo de promover e divulgar este estilo musical em Portugal. Igualmente, conta ainda com uma escola de jazz, criada em 1979 pelo contrabaixista Zé Eduardo.

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