A Fundação Calouste Gulbenkian abriu candidaturas para apoiar projetos agrícolas que incentivem a adoção de tecnologias e práticas sustentáveis na gestão da água e do solo. O objetivo é acelerar a transformação do setor agrícola, promovendo visitas de campo que permitam aos agricultores conhecer e experimentar as melhores técnicas de rega e conservação do solo.
A Fundação Calouste Gulbenkian abriu candidaturas para financiar projetos que promovam a gestão sustentável da água e do solo no setor agrícola português. Através da iniciativa Gulbenkian Água, serão apoiadas até quatro propostas, cada uma com um financiamento entre 70 mil e 100 mil euros. O prazo para apresentação termina às 15h00 de 24 de setembro, através da plataforma MyGulbenkian.
De acordo com a informação enviada às redações, podem concorrer parcerias compostas por organizações de produtores, centros de competências e outras entidades com atuação no setor agrícola. O concurso privilegia iniciativas que apostem em visitas de campo e ações de demonstração, permitindo que agricultores conheçam, no terreno, tecnologias e práticas de gestão hídrica e de conservação do solo já aplicadas com sucesso.
O objetivo é acelerar a adoção de métodos que, além de manterem a produtividade, respondam ao desafio crescente da escassez de água e contribuam para a resiliência do setor face às alterações climáticas. Segundo a Gulbenkian, os projetos devem evidenciar os benefícios diretos de uma gestão integrada da água e do solo, adaptada a diferentes culturas e regiões, com impacto na mitigação de fenómenos extremos, como cheias e secas.
Uso de tecnologias
A estratégia passa ainda por reforçar o uso de tecnologias que aumentem a capacidade de infiltração e retenção de água no solo, de forma a combater a degradação e promover a fertilidade a longo prazo. “Queremos capacitar os agricultores com conhecimento prático e inovador, criando uma rede de partilha e aprendizagem que impulsione a agricultura em Portugal e contribua para a resiliência do setor aos desafios que se colocam à disponibilidade hídrica”, afirma Rosário Palha, responsável pela iniciativa Gulbenkian Água.
O programa quer ainda alargar a rede de organizações com experiência em demonstração de boas práticas, fomentar a inovação e apoiar a modernização do setor agrícola, tornando-o mais competitivo e preparado para responder às exigências de sustentabilidade ambiental e económica.
As candidaturas já estão abertas e devem, de acordo com o comunicado, detalhar o impacto esperado, o plano de visitas e demonstrações, assim como a forma como a tecnologia ou prática a apresentar se adapta a contextos diversos. O financiamento, de até 100 mil euros por projeto, destina-se a iniciativas que demonstrem a viabilidade técnica e o potencial para replicação e escalabilidade no setor agrícola português.