Nova Unidade de Saúde Sapadores/Graça presta cuidados a mais de 15 mil utentes

A Unidade de Saúde de Sapadores-Graça está preparada para servir cerca de 15.200 utentes da freguesia da Penha de França, reforçando o acesso a cuidados de saúde primários. O edifício, com cinco pisos e 1.882 metros quadrados, inclui consultas de medicina geral e familiar, pediatria, planeamento familiar, saúde oral, nutrição, psicologia, análises clínicas e apoio ao domicílio.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, inaugurou oficialmente, esta quarta-feira, a Unidade de Saúde de Sapadores/Graça, equipamento que vai prestar cuidados de saúde a 15.200 utentes da freguesia da Penha de França.

A nova unidade, cuja inauguração oficial decorreu nesta manhã de quarta-feira e contou com a presença da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e com a presidente da Unidade Local de Saúde de S. José , Rosa Matos, teve um investimento de cerca de cinco milhões de euros e está a funcionar “há muito pouco tempo”. “Começou a funcionar há dois ou três meses. (…) Quando estão prontos, começam logo a funcionar, pois cada dia é importante para as pessoas”, disse Carlos Moedas, após a cerimónia.

A nova unidade de saúde está preparada para, além de efectuar cuidados de saúde primários, realizar exames de diagnóstico e prestar cuidados especializados em saúde materna e infantil, medicina dentária, nutricionista, psicologia, análises e assistência ao domicílio, segundo a autarquia.

“As autarquias, as autarquias em Lisboa em particular, têm estado a fazer um grande papel na ajuda, naquilo que são os cuidados das pessoas. Nestes últimos quatro anos fizemos seis centros de saúde e três construções vão acabar brevemente, que é o caso do Parque das Nações, da Ribeira Nova e depois Campo de Ourique”, disse, salietando que acredita no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Carlos Moedas, que se recandidata ao cargo em Outubro por uma coligação liderada pelo PSD, lembrou que neste mandato foram investidos 1,2 mil milhões de euros na cidade, entre creches, escolas e centros de saúde. “Isto é complementar o Estado Social nacional com o Estado Social local, e tem sido esta a minha missão: cuidar das pessoas, dar condições às pessoas. Temos tido um papel muito importante naquela que é a complementaridade do Serviço Nacional de Saúde”, sublinhou.

“As autarquias, as autarquias em Lisboa em particular, têm estado a fazer um grande papel na ajuda naquilo que são os cuidados das pessoas. Neste últimos quatro anos fizemos seis centros de saúde e três construções vão acabar brevemente, que é o caso do Parque das Nações, da Ribeira Nova e depois Campo de Ourique”, recordou.

O autarca destacou a criação recente de duas clínicas de proximidade no Bairro do Armador e outro na Alta de Lisboa, onde os munícipes “podem ir ao médico sem marcar consulta”.

“Em Lisboa estamos a dar as condições de trabalho para cuidarmos das pessoas”, salientou o autarca lisboeta, que referiu ainda a cooperação com a Fundação Champalimond.

Segundo a presidente do conselho de administração da ULS de Sâo José, Rosa Matos, a nova unidade de saúde está preparada para, além de efetuar cuidados de saúde primários, realizar exames de diagnóstico e prestar cuidados especializados em saúde materna e infantil, medicina dentária, nutricionista, psicologia, análises e assistência ao domicílio.

Saúde de proximidade

Por seu turno, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, agradeceu todo o trabalho desenvolvido pela autarquia lisboeta em dar “o direito à saúde” a toda a população.

Paula Martins,  que recordou o plano de saúde 65+ e o projecto saúde + da autarquia lisboeta, defendeu os cuidados de saúde de proximidade, como uma das formas de implementar a grande reforma do SNS, salientando que o Governo vai investir mais na prevenção

Em declarações à margem da cerimónia defendeu a regulação do trabalho à tarefa no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e anunciou audições com os sindicatos e a Ordem dos Médicos (OM) nas próximas semanas.

“Nós temos de legislar sobre o trabalho à tarefa no SNS, que agora vai ser para os médicos, mas será também depois para os enfermeiros e para outros profissionais, e isto, vou ser muito clara, não pretende penalizar rigorosamente ninguém. Nós [SNS] precisamos de todos, todos, todos”, disse a governante.

De acordo com a ministra da Saúde, trata-se de uma regulação “daquilo que são injustiças” que têm sido cometidas. “O que pretende é criar regras para que não estejamos a dar os incentivos errados àqueles que querem ficar a trabalhar connosco [no SNS]”, disse.

Segundo o jornal Expresso, que consultou a versão preliminar do projeto de decreto-lei que visa regulamentar as prestações de serviço, o Ministério da Saúde defende que os recém-especialistas que não concorram ao SNS ou que recusem colocação não poderão trabalhar à tarefa no público.

“E o mesmo vai acontecer com os médicos que rescindam contrato, que se recusem a fazer horas extra além das obrigatórias por lei ou que peçam reforma antecipada”, refere o diploma consultado.

Na semana passada, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) considerou que o Governo devia focar-se mais na capacidade de atração de médicos recém-especialistas para o SNS, em vez de definir apenas incompatibilidades.

“A discussão sobre o novo diploma não deve estar focada na proibição de contratação, mas sim no incentivo à contratação “, disse Xavier Barreto, que defendeu uma “visão mais abrangente de como é possível construir um sistema que incentive os jovens médicos a fazer contrato com os hospitais ao invés de trabalharem como tarefeiros”.

 

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