Carlos Moedas quer uma Polícia Municipal “mais musculada”  

A cerimónia que assinalou os 134 anos da Polícia Municipal de Lisboa ficou marcada pelos elogios de Carlos Moedas ao trabalho das forças de segurança na tragédia do Elevador da Glória. O presidente da Câmara de Lisboa enalteceu a resposta dada pela Polícia Municipal no acidente no elevador da Glória, mas reiterou a necessidade de dar mais poderes a esta força de segurança.

As comemorações dos 134 anos da Polícia Municipal de Lisboa ficaram marcadas pela imposição de medalhas a vários agentes e civis, pelo desfile das forças em parada e pelos discursos do comandante da PML, superintendente José Ricardo Nazareth de Carvalho Figueira; do Diretor Nacional da PSP, superintendente chefe Luís Miguel Ribeiro Carrilho; e do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

Em discurso proferido na Praça do Município no dia 12 de setembro, o autarca sublinhou a rápida intervenção de todas as forças de segurança e de proteção civil, destacando o papel da PM, nas operações levadas a cabo no terreno após o acidente com o Elevador da Glória.

“É o dia de valorizar a vossa entrega. Porque ser polícia municipal é entregar-se ao perigo. Foi isto que eu vi a semana passada, no trágico acidente do Ascensor da Glória. Vi que em poucos minutos a Polícia Municipal já estava no local, vi os agentes da Polícia Municipal ao lado dos bombeiros, da Proteção Civil, dos médicos”, disse o autarca.

O autarca lembrou que foi “graças às forças de segurança de Lisboa” que se conseguiram salvar vidas.

E justificou a sua “ação” enquanto presidente de Câmara: “Estive em todos os lugares em que um presidente de Câmara podia ter estado. Fiz tudo o estava ao meu alcance. Lisboa respondeu com liderança, coordenação. Por isso sei que nunca será possível agradecer-vos o suficiente. O país inteiro viu que foram autênticos heróis”, reconheceu.

A propósito dos 134 aniversário da PM de Lisboa, Carlos Moedas assinalou que a história desta força policial é “ainda mais antiga”, através de uma investigação do organismo que deu conta de que “na Idade Média existia em Lisboa uma polícia dedicada à fiscalização de normas municipais”.

Polícia Municipal com poderes reforçados

O autarca reiterou que, dada a importância de valorizar a polícia “nos momentos em que ninguém vê”, lembrou que tem defendido mudanças legislativas para que esta força possa ter mais competências e efetuar detenções de suspeitos.

“E é por isso que tenho insistido, sem descanso, junto do Governo: Lisboa precisa de mais polícia municipal, de mais videovigilância, de guardas-noturnos. É a segurança da cidade que está em causa”, frisou Moedas.

O edil salientou que os lisboetas “sabem que têm quem os defenda” e que há uma Polícia Municipal “que está na rua, que quer ser uma Polícia Municipal mais musculada e que defenda os lisboetas”, defendeu, acrescentando: “Eu sei que Lisboa só será uma cidade segura se souber valorizar a sua Polícia Municipal. É por isso que tenho defendido mudanças legislativas para que a Polícia Municipal possa ter mais competências, para que possa efetuar detenções de suspeitos”, reiterou.

Carlos Moedas relembrou que “perante a dor” a cidade de Lisboa “não se rende, levanta-se, homenageia os que partiram e valoriza os que nos defendem”, acrescentando: “Estarei sempre convosco, lado a lado, a lutar por mais meios, mais reconhecimento, mais dignidade, a lutar pela valorização da polícia”.

Autoridades elogiam PM

Nos seus discursos, tanto o Comandante da Polícia Municipal de Lisboa, superintendente José Figueira, como o Diretor Nacional da PSP, superintendente-chefe Luís Carrilho, começaram por homenagear as vítimas do descarrilamento do elevador da Glória e enalteceram o trabalho dos agentes municipais não só no dia do acidente, mas em todos os dias do ano.

Na cerimónia estiveram ainda presentes o secretário de Estado Adjunto da Ministra da Administração Interna, Paulo Ribeiro, além do presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, José Manuel Moura, o diretor do SIS, Neiva da Cruz, e o diretor da Polícia Judiciária, Luís Neves.

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