O psicólogo Pedro Costa Malheiro é o candidato escolhido pela coligação “Por ti, Lisboa” para tentar conquistar a junta de freguesia dos Olivais. O vereador Diogo Moura aproveitou para anunciar um plano de “reabilitação total” do Bairro da Encarnação.
A sessão de apresentação da candidatura de Pedro Costa Malheiro, no dia 15 de setembro, contou a participação de várias figuras regionais da coligação liderada pelo social-democrata Carlos Moedas, como o independente Vasco Moreira Rato, professor universitário na área do urbanismo e nome apontado para suceder a Filipa Roseta no Urbanismo de Lisboa, bem como Diogo Moura, vereador do CDS no atual executivo municipal.
Diogo Moura fez um retrato histórico dos Olivais, anotando que, outrora, esta freguesia já foi concelho, mas foi perdendo robustez com o passar dos anos. Nas últimas décadas, aliás, os Olivais “perderam 36% da população”, segundo Diogo Moura, que considerou esta freguesia da zona norte da capital como “uma cidade dentro da cidade, com vários bairros dentro dos Olivais”, mas que atualmente “padece” de “vários problemas” gerados pela gestão dos socialistas na junta de freguesia “há demasiados anos”. Nomeadamente a “acumulação de lixo” nas ruas e espaços verdes da freguesia.
Investimento de “26 milhões”
O vereador aproveitou para fazer o elogio da liderança de Carlos Moedas nestes quatro anos de mandato, dizendo que o Município “já investiu 26 milhões para mudar a vida dos olivalenses”, nomeadamente nos espaços públicos, na reabilitação da Biblioteca dos Olivais, na habitação pública (5 milhões), e no parque escolar da freguesia (19 milhões de euros).
A propósito da intervenção nas escolas, Diogo Moura sublinhou que o executivo de Carlos Moedas fez algo da mais elementar justiça e “há muito aguardado” pela comunidade escolar: “removemos o amianto das escolas básicas dos Olivais”, uma medida que foi ao encontro da promoção de saúde pública dos munícipes, diz o vereador.
“Reabilitação total” da Encarnação
A população do Bairro da Encarnação há muito que reclama por uma intervenção de fundo nesta área dos Olivais. No entanto, esta longa espera parece ter os dias contados.
Diogo Moura revela que “já foi aprovado” o projeto de “reabilitação total” do Bairro, onde serão investidos 26 milhões de euros para construir novos passeios, um novo sistema de iluminação das ruas, entre outras medidas de reabilitação urbana.
Segundo o vereador, nesta decisão terá pesado a constatação do estado de degradação das vias e passeios numa visita feita por Carlos Moedas à Encarnação. “O presidente apercebeu-se das dificuldades dos idosos em moverem-se no bairro”, e terá então decidido que a Encarnação necessitava de ser “totalmente requalificada”.
Voltar a aproximar o poder político dos olivalenses
Pedro Costa Malheiro, por sua vez, assume-se como olivalense de gema. “Cresci nos Olivais. Vivi grande parte da minha vida neste bairro. Conheço cada rua, cada jardim, cada recanto. Cresci entre vizinhos que se tornaram amigos para a vida. Sei bem as dificuldades que enfrentamos, mas também sei a qualidade única de vida que os Olivais têm para oferecer”.
Nos últimos anos, porém, o poder político local ter-se-á alegadamente distanciado da população. “Muitos de nós sentimos que a Junta de Freguesia se afastou das nossas preocupações. Falta de atenção, falta de cuidado, falta de proximidade. Esse afastamento criou desilusão e desconfiança”, lamentou.
“Devolver o orgulho aos Olivais”
Mas o candidato adianta que “não podemos resignar-nos”, “não podemos aceitar que o nosso bairro fique para trás”, instou, defendendo que o seu compromisso “é simples e claro: devolver o orgulho à nossa freguesia”, pois “nós não queremos que ninguém sinta vergonha por viver ou trabalhar nos Olivais”.
Para o psicólogo, os Olivais merecem mais. “Muita mais dedicação, muito mais seriedade, muito mais visão de futuro”.
E para isso, refere Pedro Costa Malheiro, é preciso começar “pelo essencial”: “a higiene urbana, com ruas limpas, coletores adequados, regras claras e fiscalização que funcione”; mas também com revalorização dos espaços verdes, “com jardins cuidados, árvores que ofereçam sombra, corredores verdes que liguem os nossos parques e permitam caminhar ou pedalar num bairro mais saudável e sustentável”.
Mais, segundo o candidato, a sua ação “não vai parar aqui”. “Queremos muito mais para os Olivais. Vamos reforçar a cultura e o lazer: bibliotecas a funcionar, auditórios vivos, espaços comunitários abertos a escolas, associações, centros de dia e coletividades. Queremos um bairro vivo, para todas as idades”.
Caso vença as eleições de 12 de outubro, Pedro Costa Malheiro afiança ainda que a sua liderança vai também incidir no “apoio à habitação, a educação, o desporto e a participação comunitária, porque acreditamos que os Olivais devem ser uma freguesia onde todos contam, sem deixar ninguém para trás. Acreditamos que os Olivais devem ser uma freguesia para todos, queremos acabar com a ideia de que há zonas privilegiadas e outras que estão afastadas”, entregues à sua sorte.
“Superequipa dos Olivais”
Pedro Costa Malheiro acredita que a “qualidade da sua equipa” será “fundamental” para se fazer a mudança de que os Olivais precisam”. “Nada disto se faz sozinho. Para concretizar esta mudança, apresentamos uma equipa sólida, diversa e altamente profissional. Uma verdadeira superequipa dos Olivais. Temos especialistas em todas as áreas, que contam para a vida da nossa freguesia”, todos eles “apaixonados pelo seu bairro, prontos a dar o melhor de si”.
“Esta é a equipa que quer devolver confiança, proximidade e qualidade aos serviços da nossa Junta de Freguesia.
“Gerir com seriedade”
Pedro Costa Malheiro assume que a sua equipa está preparada “para gerir com seriedade uma freguesia de mais de 32 mil habitantes, com 240 colaboradores e um orçamento anual de 11 milhões de euros. Cada euro será investido com responsabilidade, em benefício direto da comunidade, em benefício direto da comunidade…”, salienta.
“Queremos abrir canais de comunicação simples e eficazes, ouvir quem vive aqui, trazer ideias novas e aplicar boas práticas de cidades que conseguiram conciliar limpeza, espaços verdes e qualidade de vida”, conclui.