Campanha de recolha de sangue em Carnaxide angariou 16 colheitas

A população de Carnaxide participou numa campanha de recolha de sangue, realizada no dia 17 de novembro, no Centro Cívico de Carnaxide, que contou com a presença da unidade móvel Instituto Português do Sangue e da Transplantação para recolher o sangue dos dadores.   

A iniciativa conjunta da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas e Instituto Português do Sangue e da Transplantação foi aberta a toda a comunidade e teve o objetivo de recolher doações e alertar para a importância de manter as reservas de sangue em níveis estáveis.

António Antunes mora em Paço de Arcos, mas fez questão de vir até Carnaxide para dar sangue, algo que o cidadão considera como um “dever cívico” e que repete todos os anos, em vários locais.

António Antunes refere que “já é um dador habitual” e que se desloca a vários pontos de recolha para “cumprir o seu dever” de cidadania, chegando a deslocar-se até Mafra – vila da zona Oeste a mais de 50 quilómetros de Paço de Arcos — para “fazer a contribuição de sangue que pode vir a ajudar a salvar vidas”.

O dador explica que, para além de sentir ser uma “obrigação de ajudar os outros”, o dar sangue “faz bem à saúde”. “Desde que comecei a ser dador de sangue, noto que alguns problemas de saúde deixaram de me afligir”, melhorando a sua saúde cardiovascular.

Dezembro é período crítico para as reservas de sangue

Ana Barata, assistente social da junta da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, sublinha que esta parceria entre a autarquia e o Instituto Português do Sangue e da Transplantação já se realiza há alguns anos, tanto em Carnaxide como em Queijas, numa “lógica de proximidade à população” e com o intuito de “contribuir com às dádivas” dos fregueses para repor os estoques de sangue que estão em falta no SNS.

A assistente social revela que as dádivas “costumam ser um pouco mais elevadas no verão”, mas que “são fundamentais” para acudir às necessidades dos doentes e dos acidentados.

“O Instituto diz-nos que nesta altura sentem mais dificuldades porque estamos a chegar a dezembro, um período em que há mais acidentes, e em que as reservas de sangue descem e há a necessidade de haver mais dádivas. Em dezembro e na altura do verão, num período em que as pessoas estão de férias, as reservas de sangue descem substancialmente, daí ser tão importante este tipo de recolhas”.

Após prestar declarações ao nosso jornal, Ana Barata dirigiu-se para a carrinha móvel do Instituto para dar sangue, pois “nunca se sabe quando algum familiar ou até nós próprios não iremos precisar do sangue que é recolhido nestas ações”, reconhece.

De acordo com a autarquia, as dádivas recolhidas costumam rondar uma média de 40 colheitas (o máximo está estipulado nas 50), mas a colheita do dia 17 de novembro ficou um pouco abaixo do esperado, tendo havido 29 inscritos, com 16 colheitas positivas e 13 que não corresponderam aos parâmetros do Instituto Português do Sangue e da Transplantação.

Condições para os dadores

Para participar e ajudar nas várias colheitas que este instituto realiza em vários locais, não é necessária marcação, basta comparecer na data e local indicado e reunir as seguintes condições: ter peso igual ou superior a 50kg, ter entre 18 e 65 anos (60 anos para 1ª dádiva) e ser saudável; apresentar documento identificação com fotografia; tomar o pequeno-almoço, hidratar-se com líquidos não alcoólicos antes e depois da dádiva. Nestas sessões também é possível a inscrição para doação de medula óssea. Para o registo de dador de medula óssea é necessário ter peso igual ou superior a 50kg, ter entre 18 e 45 anos e ser saudável.

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