A peça “Dona Gena”, do dramaturgo carioca Aloísio Villar, foi adaptada ao universo alfacinha e vai subir ao palco já em dezembro. Jorge Almeida, encenador e ator da peça, revela que o enredo é passado durante os Santos Populares, sendo a peça uma sátira sobre família, moralidade e os limites da paciência.
Nos próximos dias 6 e 9 de dezembro e 2, 3, 9 e 10 de janeiro de 2026, no Auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro, em Lisboa, pelas 21h30, os atores do grupo de teatro Artitude vão levar ao palco a peça “Dona Gena”, uma comédia que promete pôr Lisboa a rir “durante 90 minutos”.
A trama da peça tem Henrique no centro do enredo. Trata-se de jovem publicitário, que vive tranquilamente com o amigo João até que a sua vida vira um caos com a chegada inesperada da mãe, Dona Gena – uma mulher controladora, moralista e completamente fora da realidade.
Entre discussões hilariantes, situações absurdas e diálogos carregados de sarcasmo, Henrique tenta equilibrar a pressão da mãe, a relação com a namorada e um projeto profissional decisivo. Mas tudo piora quando Dona Gena morre de forma insólita… e regressa como fantasma vingativo, transformando a vida de todos num verdadeiro inferno cómico.
Com personagens caricatas, humor ácido e ritmo frenético, Dona Gena é uma sátira sobre família, moralidade e os limites da paciência.
Peça adaptada à realidade lisboeta
Em declarações ao “Olhares de Lisboa”, o encenador Jorge Almeida refere que a história, do dramaturgo brasileiro Aloísio Villar, foi adaptada ao contexto de Lisboa. “A peça narra uma história de Lisboa. Todas as histórias que vão acontecer na peça são sobre a nossa cidade, à volta de uma campanha passada nos Santos Populares, que é uma coisa bastante nossa”.
Jorge Almeida destapa o pano de cena para revelar que a peça é uma sátira aos costumes lisboetas. “Trata-se da história de uma mãe, que todos nós conhecemos, que é altamente controladora, que tudo pode e tudo controla e que, com essa atitude, gera situações completamente surreais e que vão levar o público à gargalhada geral”.
Para o encenador, a peça vai fazer com que o público “dê umas boas gargalhadas durante 90 minutos, que é o tempo que dura um jogo de futebol, e em que não vai haver insultos ao árbitro…”, brinca.
Jorge Almeida acredita que os espetadores se “irão rever” em muitas das cenas, até porque “todos nós temos um filho que mora com alguém que tem uma mãe daquele calibre”.
O encenador e ator, que já levou à cena meia centena de peças de teatro, assume-se como alfacinha de gema, nascido e criado na capital, e que procura que o seu trabalho traga para o palco narrativas que digam respeito à realidade lisboeta, como a “perda da identidade”, a “invasão da cidade” ou a “expulsão dos lisboetas” para os subúrbios da capital.
Os bilhetes estarão à venda no Auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro ou podem ser reservados em artitude.clc@gmail.com, sendo as pessoas convidadas a contribuir através de um QR code ou depositando o donativo na bilheteira.
O auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro tem capacidade para 140 lugares sentados, mais 2 lugares para pessoas com mobilidade reduzida.



