Inês Medeiros tomou posse em Almada sob o signo da continuidade

Inês de Medeiros tomou posse como presidente da Câmara Municipal de Almada, prometendo um mandato de continuidade, responsabilidade e rigor. Por sua vez, João Couvaneiro, o novo presidente da Assembleia Municipal, salientou que “a liberdade não é uma herança garantida, mas um trabalho diário e partilhado”, defendendo um mandato marcado pelo diálogo e pelo compromisso com a democracia local.

A cerimónia de instalação dos órgãos municipais de Almada para o mandato 2025-2029 realizou-se na passada quinta-feira, 30 de outubro, no Grande Auditório do Instituto Universitário Egas Moniz, no Monte de Caparica, marcando o início de um novo ciclo autárquico em Almada.

No evento, Inês de Medeiros foi empossada como presidente da Câmara Municipal de Almada, dando início ao seu novo mandato. Foram igualmente empossados os restantes vereadores do executivo: Luís Palma, Carlos Magno, Ivan Gonçalves, António Matos, Filipe Pacheco, Paulo Sabino, Nuno Mendes, Francisca Parreira, Helena Azinheira e Beatriz Ferreira, esta última em substituição de Hélder Silva.

Na Assembleia Municipal, João Couvaneiro assumiu a presidência, acompanhado por José Courinha Leitão e Ana Paula Silva, eleitos respetivamente como primeiro e segundo-secretários da mesa.

A presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, referiu na cerimónia de instalação dos novos órgãos municipais que em Almada não há espaço para discriminação, ódio ou intolerância.

“Todos têm voz, todos têm lugar e todos devem ser tratados com dignidade”, disse frisando na sua intervenção que quer continuar a fazer de Almada uma cidade de futuro, “onde cada pessoa conta e ninguém é português de segunda, nem almadense de segunda”.

A socialista Inês de Medeiros venceu as eleições autárquicas do passado dia 12 de outubro para a Câmara de Almada, no distrito de Setúbal, obtendo 29,10% dos votos, assegurando quatro mandatos, menos um do que nas eleições de 2021.

Nova travessia do Tejo

No seu discurso de posse, na cerimónia que decorreu na noite de sexta-feira, a presidente da Câmara Municipal de Almada, que assume agora o terceiro e último mandato, disse ainda que o povo de Almada falou com clareza, dizendo que quer continuar o caminho que iniciou há oito anos.

Durante a sua intervenção, Inês de Medeiros destacou que este novo ciclo assenta em “continuidade, responsabilidade e rigor”, sublinhando que a ação municipal se pautará “por trabalho concreto, que respeite as pessoas, as regras e o território”.

“É um dia de gratidão e de responsabilidade, um dia em que renovamos o nosso compromisso com o futuro de Almada, um compromisso de trabalho sério, transparente e inclusivo”, disse adiantando que a vitória é de todos.

Segundo Inês de Medeiros, o novo mandato que agora se inicia “é um tempo de continuidade, de responsabilidade e rigor, não de promessas fáceis, mas de trabalho concreto, que respeita as pessoas, as regras e o território”.

Entre as principais prioridades do mandato, a autarca apontou a reabilitação de escolas e equipamentos, o reforço da habitação pública e dos apoios à renda, o investimento em mobilidade sustentável — com o alargamento da rede do Metro Sul do Tejo, o reforço das ligações fluviais e a criação da nova travessia Trafaria–Algés —, bem como o fortalecimento da higiene urbana e a valorização cultural do concelho.

Por sua vez, João Couvaneiro afirmou que “a liberdade não é uma herança garantida, mas um trabalho diário e partilhado”, defendendo um mandato marcado pelo diálogo e pelo compromisso com a democracia local.

Os eleitos

Nestas eleições a CDU (PCP/PEV) alcançou 20,61% dos votos e três mandatos, também menos um do que nas autárquicas de há quatro anos, elegendo Helena Azinheira, Luis Palma e António Matos como vereadores.

A terceira força política mais votada foi o PSD, com 19,36% dos votos, com os sociais-democratas a reforçar a representação no executivo municipal, passando de um para dois vereadores.

O cabeça de lista do PSD eleito nestas eleições, Hélder de Sousa Silva, renunciou ao mandato pelo que foi substituído por Beatriz Brandão Ferreira, que tomou posse como vereadora assim como Paulo Sabino.

O Chega, com 18,24% dos votos, vai entrar pela primeira vez para o executivo da Câmara de Almada, com dois eleitos, nomeadamente Carlos Magno (cabeça de lista) e Nuno Mendes.

Na Assembleia Municipal de Almada, o PS também foi a força política mais votada, tendo elegido dez deputados municipais. Em segundo lugar ficou a coligação CDU com sete mandatos, seguida do partido Chega que elegeu também sete mandatos.

O PSD teve seis mandatos e ganhou uma junta de freguesia (Costa da Caparica), enquanto o Bloco de Esquerda ficou com dois mandatos e a iniciativa liberal um, entrando pela primeira vez na assembleia municipal.

Após a cerimónia de instalação do executivo da Câmara Municipal de Almada assim como dos eleitos à Assembleia Municipal, realizou-se a votação para a eleição do presidente da mesa da Assembleia Municipal.

Apenas uma lista foi apresentada, composta por João Couvaneiro (PS), como presidente, José Joaquim Leitão (PS), como primeiro secretário, e Ana Paula Alves da Silva (PS), como segunda-secretária, tendo sido eleita com 18 votos a favor, 19 votos em branco e um voto nulo.

A cerimónia contou com a presença de eleitos, representantes de instituições e diversos munícipes, num momento simbólico de renovação política e reafirmação do compromisso com o futuro de Almada.

Fotos: Luís Filipe Catarino, Florbela Salgueiro e Carlos Valadas (CMA)

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